Conhecido como um dos subgêneros dos hack-and-slashs, o Musou é um estilo de jogo que tem se tornado mais comum nos últimos anos. Geralmente ligado a Koei Tecmo, que criou o estilo com o lançamento de Shin Sangoku Musou (conhecido no ocidente como DYNASTY WARRIORS 2) em 2000, os jogos musous tem como principal característica o seu sistema único de colocar um jogador contra hordas de inimigos em mapas grandes.
O sucesso da Koei Tecmo com suas franquias DYNASTY WARRIORS e Samurai Warriors, fez com que a empresa se tornasse especialista neste tipo de jogabilidade e atrai-se a atenção de inúmeras companhias que queriam ter seu próprio Musou. Muitos destes títulos foram lançados para plataformas Nintendo ao longo dos anos, incluindo o Switch, que tem sido agraciado com os principais lançamentos da desenvolvedora. Confira a seguir uma lista com os principais jogos musous disponíveis no híbrido da Nintendo.
Série Dynasty Warriors

DYNASTY WARRIORS é uma série de jogos de ação desenvolvida pela Omega Force baseada no popular conto chinês Romance dos Três Reinos. Também foi a série que estabeleceu a ideia de combate frenético 1 vs. 1000, que mais tarde viria a se expandir por meio de spin-offs como Samurai Warriors e a sua derivação “Empires”, que busca trazer o musou tradicional com elementos de estratégia. No Nintendo Switch, DYNASTY WARRIORS atualmente conta com um trio de jogos distintos, embora um deles esteja até hoje restrito ao Japão por algum motivo.
O primeiro deles é o atual DYNASTY WARRIORS 9 Empires (Shin Sangoku Musou 8 Empires), que traz uma experiência à parte do controverso título original de 2018. Aqui, os jogadores tem uma missão de conquistar a China antiga combinando o uso de tática e espada. Você poderá derrotar um inimigo com força bruta, ou através da manipulação política e intriga utilizando o Sistema de Política – o qual os jogadores poderão executar comandos para obter os recursos necessários para as batalhas, bem como a possibilidade de recrutar e contratar oficiais por meio de comandos políticos, roubando oficiais valiosos como Zhang He de um reino rival.
Infelizmente, a qualidade geral de DYNASTY WARRIORS 9 Empires oferecida no Nintendo Switch está aquém do que a plataforma realmente pode oferecer. Os visuais e performance foram severamente prejudicados devido às limitações técnicas do console. Mas você pode conferir o que achamos do game na nossa análise a seguir:
Mas caso prefira uma experiência autêntica de DYNASTY WARRIORS, o Nintendo Switch também possui em seu catálogo o seu antecessor, DYNASTY WARRIORS 8: Xtreme Legends Definitive Edition, sendo ele baseado na versão definitiva do título lançado originalmente 2013 por uma bagatela de 40 dólares.
DYNASTY WARRIORS 8: Xtreme Legends Definitive Edition traz consigo um modo história rico baseado nos contos vívidos de Romance dos Três Reinos; uma variedade abundante de modos de jogo, incluindo um Ambition Mode aprimorado e um Challenge Mode completamente novo; além de todo conteúdo de DLC de versões anteriores do jogo – excluindo colaborações.

Agora, um título que vale apena citar apenas para efeito de curiosidade é DYNASTY WARRIORS 8 Empires (Shin Sangoku Musou 7 Empires), lançado inicialmente em 2015 mas que só veio a dar as caras no Nintendo Switch no ano de lançamento do console em 2017.
Infelizmente, DYNASTY WARRIORS 8 Empires está disponível apenas no Japão na plataforma híbrida da Nintendo. Assim como o previamente citado DYNASTY WARRIORS 9 Empires, este busca dar um viés estratégico à ação musou de seu original, enquanto o jogador assume o papel de um herói da era dos Três Reinos com o objetivo é unificar a China antiga.
SAMURAI WARRIORS e Crossover

Com o sucesso da fórmula introduzida em DYNASTY WARRIORS, a Koei Tecmo deu continuidade aos jogos de ação que se baseiam em períodos históricos trazendo então SAMURAI WARRIORS, que viria a se tornar uma série recorrente, porém adaptando eventos que ocorriam no período Sengoku Jidai, marcado por guerras entre lordes feudais japoneses, ocorrendo entre a metade do século XV até o final do século XVI.
No Nintendo Switch, o título que mais se destaca é SAMURAI WARRIORS 5, que embora numerado, é uma reimaginação da franquia nascida em 2004. O título, lançado em 2021, inclui um enredo totalmente novo, bem como designs de personagens renovados e uma apresentação visual vibrante. Sendo um novo começo para a experiência SAMURAI WARRIORS, o título lança os jogadores no período Sengoku, destacando os personagens Nobunaga Oda e Mitsuhide Akechi e sua jornada até o fatal duelo entre os dois no templo de Honnō-ji.
Definimos SAMURAI WARRIORS 5 como o musou definitivo no Nintendo Switch, dando uma rara nota máxima ao game. Nossas impressões podem ser lidas no link abaixo:
Entre outros títulos que se derivam de DYNASTY WARRIORS temos WARRIORS OROCHI 4, uma série crossover que une os mundos de DYNASTY WARRIORS e SAMURAI WARRIORS na mais pura ação musou, e que também amplia o elenco adicionando figuras históricas e míticas de períodos anteriores às séries já citadas.

WARRIORS OROCHI 4 é o título mais recentes que pode ser encontrado na plataforma híbrida, em especial WARRIORS OROCHI 4 Ultimate, descrito como a “experiência suprema” do jogo o qual ele se baseia. Trazendo todo conteúdo do WARRIORS OROCHI 4: The Ultimate Upgrade Pack junto ao jogo base, incluindo o novo personagem jogável, Gaia, e veteranos como Joan of Arc de WARRIORS OROCHI 3, entre outras adições como uma nova história, novos cenários paralelos e novos modos. No game, jogadores controlam três equipes que consiste em personagens das séries DYNASTY WARRIORS e SAMURAI WARRIORS, mas cada personagem possui um tipo de particularidade que é determinada pela sua habilidade: Poder, Velocidade, e Técnica.
Entre outros títulos desta categoria disponíveis no Nintendo Switch temos três que estão restritos ao Japão. SAMURAI WARRIORS: Spirit of Sanada, um título que celebra a história de vida do guerreiro Yukimura Sanada e seu pai Masayuki Sanada, e SAMURAI WARRIORS 4 DX, ambos permanecem exclusivos no Japão. WARRIORS OROCHI 3 Ultimate também está neste time.
Musou baseado em IP’s da Nintendo

Nintendo e musou não é uma combinação estranha, uma vez que uma calorosa parceria entre a gigante japonesa e a Koei Tecmo vem de uma história de muitos anos resultando em algumas franquias adaptadas para o gênero.
Você deve se lembrar de Hyrule Warriors, lançado em 2014 para o Wii U e em 2016 para o 3DS com o nome de Hyrule Warriors: Legends. O game foi portado anos mais tarde para o Nintendo Switch em sua “Definitve Edition”, unindo o conteúdo das duas versões originais enquanto traz leves melhorias gráficas e trajes de Link e Zelda baseado em The Legend of Zelda: Breath of the Wild.


Mas enquanto Hyrule Warriors pode ser considerado uma “reunião com personagens de The Legend of Zelda” – apresentando personagens conhecidos da franquia como o Skull Kid, Midna, Impa, Tingle, e Darunia -, sua sequência, Hyrule Warriors: Age of Calamity, de 2020, traz a ação frenética musou com um foco maior na narrativa, contando eventos que acontecem antes de The Legend of Zelda: Breath of the Wild.
Em Hyrule Warriors: Age of Calamity nos juntamos à luta de Link, Zelda, os quatro Campeões e o Rei de Hyrule contra o poder de Calamity Ganon na luta final pela sobrevivência. Você pode descobrir o que achamos do game na análise a seguir:
Não apenas The Legend of Zelda, mas Fire Emblem também foi outra franquia da Nintendo que viu seu brilho no gênero musou, além de ter ganhado dois games neste estilo.
Lançado em 2017 para o Nintendo Switch e New Nintendo 3DS, Fire Emblem Warriors junta personagens dos aclamados jogos Fire Emblem Awakening e Fire Emblem Fates, mas também adiciona personagens de jogos anteriores como Marth, Tiki, Lyn, Navarre, Linde e Minerva. O jogo conta com uma história original que segue a trama dos irmãos Rowan e Lianna que com ajuda dos guerreiros de outros jogos precisam impedir os planos de Oskar de tentar reviver o Dragão do Caos, Velezark.


Fire Emblem Warriors conta com vários elementos dos jogos modernos de Fire Emblem como o sistema de triângulo de armas onde espada vence de machado, machado vence de lança, e lança vence de espada. Ainda, você contará com progressão de nível onde cada unidade ganha um aumento em seus stats, bem como é possível a mudança de classe. As batalhas são disputadas em vários mapas onde exércitos se chocam, e você pode alternar o uso de cada unidade principal no mapa de forma instantânea. Também é possível jogar em cooperativo com um amigo.
Fire Emblem Warriors: Three Hopes segue sendo uma sequência para a versão musou de Fire Emblem, porém aqui temos um game totalmente baseado no universo de Fire Emblem: Three Houses (2019), trazendo uma nova rota à trama do aclamado SRPG – porém sem qualquer ligação ao original – enquanto Edelgard, Dimitri, Claude e outros personagens lutam em busca de um futuro melhor para Fóblan.
Aqui estamos falando de um game com lançamento previsto pra junho deste ano, portanto não há muitas informações para compartilhar. Contudo podemos esperar por uma experiência genuína do gênero musou, onde combatemos hordas de inimigos usando movimentos especiais, além de outros elementos de gameplay trazidos diretamente de Fire Emblem: Three Houses.

Musou baseado em franquias populares

Além da Nintendo, a Koei Tecmo já fez parcerias com outras empresas para levar a “experiência musou” em outras franquias populares. Bandai Namco, Square Enix e até mesmo a Atlus já entraram nessa festa, sendo alguns títulos notáveis dessas empresas estão disponíveis no Nintendo Switch.
Começando com Persona 5 Strikers, este é um spin-off da franquia Persona que explora o gênero Musou mas trazendo também elementos de RPG. O titulo também funciona como uma sequência direta do aclamadíssimo Persona 5 (PS3, PS4), ainda que se preocupa muito em ser coeso com a experiência original. Além dos cenários, personagens e trilhas sonoras do jogo base, a jogabilidade tenta ao máximo ser uma adaptação direta do clássico RPG da Atlus.


Em Persona 5 Strikers você ainda explora dungeons no estilo JRPG. Embora aqui elas sejam mais abertas para serem adaptadas, você ainda possua mecânicas de stealth para iniciar combates com vantagens, mas quando o combate é iniciado ao invés do clássico turno nos deparamos com a jogabilidade de Musou. Com muita atenção aos detalhes das possíveis builds dos personagens na hora de criar os combos, munição de arma de fogo finita como no jogo base, congelamento de tempo para selecionar skills e áreas de ação e até mesmo sistema de captura de persona.
O jogo realmente se esforça para ser uma aventura próxima da experiência clássica, adicionando o fator musou. Por fim, o game ainda acrescenta algumas experiências únicas a franquia, como uma exploração muito mais aberta dos cenários desta aventura e até mesmo algumas breves seções de platforming.
A série One Piece: Pirate Warriors, fruto de uma parceria da Koei Tecmo com a Bandai Namco, também está disponível no Nintendo Switch. Enquanto One Piece: Pirate Warriors 3 Deluxe Edition segue sendo a opção mais barata da experiência musou de One Piece na plataforma, os fãs também podem optar pelo mais recente One Piece: Pirate Warriors 4 – que adpta acontecimentos em arcos chaves como Alabasta, Enies Lobby e Marineford no pré-timeskip em sua primeira metade, enquanto a outra se foca nos arcos mais recentes do Novo Mundo como Dressrosa, Whole Cake Island e Wano Country.
Mas falando particularmente de One Piece: Pirate Warriors 4, o game possui algumas mudanças nas mecânicas de gameplay em comparação ao seu antecessor. Por exemplo, temos agora a possibilidade de ter até quatro ataques especiais que cada personagem carregam individualmente, incluindo transformações. Os mapas são melhor segmentados em relação ao One Piece: Pirate Warriors 3, que já fazia cada mapa ser uma saga.


Touken Ranbu Warriros é a mais nova experiência de combate frenético 1 contra 1.000 da Koei Tecmo em parceria com a DMM Games e Nitroplus baseando-se no popular jogo de simulação Touken Ranbu -ONLINE-. O game apresenta 15 personagens, com espadas famosas assumindo a forma de guerreiros chamados Touken Danshi (espadachins), e os lutadores de elite juram proteger a história.
Em Touken Ranbu Warriors, membros do Touken Danshi estão vagando no tempo sem seu mestre – o Saniwa – para liderá-los, quando são subitamente atacados pelo temível Exército Retrógrado da História (HRA). Após o conflito inicial, os guerreiros são abordados pelo Governo do Tempo e enviados em uma missão na Era Sengoku, devastada pela guerra, onde a revisão da história japonesa já está em andamento.

Touken Ranbu Warriors contará com a eletrizante ação musou que os fãs esperam de um título WARRIORS, incluindo batalhas ao lado de personagens parceiros e duelos frente a frente contra inimigos. O jogo também apresenta uma variedade de features, incluindo o Partner Mode que permite aos jogadores utilizar ajudantes para contra-atacar e acompanhar as ações do jogador, e um Souto Mode onde ao preencher a barra do parceiro, um ataque especial é realizado entre o personagem controlado e o parceiro.


Antes de partir para o último tópico, não posso deixar de mencionar o port de Dragon Quest Heroes: The World Tree’s Woe and the Blight Below e Dragon Quest Heroes II: The Twin Kings and the Prophecy of the End, ambos títulos originais de PlayStation que ganharam uma versão para o Nintendo Switch em seu ano de lançamento.
A notícia ruim é que Dragon Quest Heroes I & II são exclusivos do Japão há mais de cinco anos. E por sequer terem suporte a outros idiomas para usarmos a importação como alternativa, estes ficam aqui apenas como uma singela menção.
Musou não-Koei Tecmo

Embora não tenha qualquer relação com a Koei Tecmo e seja categorizado como um “jogo de ação em alta velocidade”, a série Fate/Extella, da Marvelous, segue os mesmos padrões que vimos em um jogo musou. Os jogos Fate/ Extella: The Umbral Star e sua sequência Fate/ Extella Link se passam no mesmo universo do RPG Dungeon Crawler de PSP Fate/ Extra, que ao mesmo tempo serve de história alternativa para o material original, o Fate/ Stay Night.
Em ambos os jogos, o jogador assume o papel de um “mestre”, que trabalha em conjunto com Espíritos Heroicos conhecidos como servos, que lutam contra um grande número de inimigos na tela e tem que explorar áreas do mapa semelhantes aos jogos da série DYNASTY WARRIORS da Koei Tecmo. No entanto, Fate/ Extella se destaca com mecânicas únicas como a “mudança de forma”, onde você fortalece seus servos alterando armas e mudando sua aparência.
Assim como nos jogos musou, em Fate/ Extella você terá uma ampla gama de servos jogáveis como Nero Claudios da classe Saber, Francis Drake da classe Rider, Tamamo no Mae da classe Caster, Nameless da classe Archer, Li Shuwen da classe Assassin, e muitos outros.

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