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Review | Melon Journey: Bittersweet Memories

Mergulhe nos tons de preto, branco e verde de Melon Journey: Bittersweet Memories! Está aventura investigativa monocromática empresta de maneira inteligente uma estética Noir enquanto desenvolve uma trama densa em seu próprio ritmo.
Gabriel Marçal 05/04/2023

Desenvolvedora: Froach Club, Poppy Works
Publicadora: XSEED Games
Data de lançamento: 6 de Abril, 2023
Preço: R$ 46,99
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia gentilmente cedida pela XSEED Games.

Revisão: Davi Sousa

Melon Journey: Bittersweet Memories é um jogo de exploração em pixel art fortemente influenciado pelas histórias de investigações noir. Ele tem uma estética que remete diretamente ao estilo gráfico do Game Boy, fazendo um inteligente paralelo desse estilo com o preto e branco típico de histórias assim. 

Com bastante foco nos diálogos, a trama de Bittersweet Memories se baseia apenas em sua história e alguns puzzles simples para dar um pouco mais de interação para o jogador. Dividida em três atos, a campanha se inicia com nossa protagonista em busca de seu melhor amigo, que a convidou subitamente para um encontro em uma cidade vizinha, onde a maior parte da história se passa.

— Vamos desvendar juntos o mistério do que é Melon Journey, e onde essa obra quer chegar.

Claustrofobia e pacatez

Melon Journey: Bittersweet Memories já começa em um ambiente fabril, onde seu melhor amigo te convida, através de um recado, para um encontro na cidade vizinha, deixando uma maleta que você deve levar. O ambiente de trabalho dos protagonistas é um dos principais signos de sua mensagem: um ambiente altamente industrial e opressor, onde a vida parece precarizada e a qualidade de vida em qualquer instância, secundária. 

A fábrica em questão cria produtos baseados em melão, um emblemático ingrediente que inclusive é proibido na cidade vizinha. Embora o melão seja provavelmente uma alusão a algum tipo de droga, ele também pode e foi interpretado por mim como a própria alienação frente à realidade social, onde as pessoas que se organizam em torno da fruta parecem não conseguir ver nada além disso, enquanto os personagens mais humanos parecem não ter muito envolvimento com a mesma. 

Em contraposição, Melon Journey: Bittersweet Memories parece se importar bastante com as relações humanas, embora a relação entre nossa protagonista e seu melhor amigo seja basicamente apenas citada e pouquíssimo dela seja mostrado; ela ainda é forte o suficiente nos sucintos momentos de sobriedade pra ser a força motriz da personagem. 

Também ingressa na party um casal de amigos — uma gata e um cachorro — que se amam incondicionalmente e estão sempre se apoiando e dando diversas demonstrações de afeto, enquanto o último a fazer parte do grupo é uma figura infantil, um fantasma travesso e quase que ironicamente cheio de vida, que, em seu arco, busca um lugar para pertencer. 

Rebeldia ou apenas o óbvio 

Melon Journey: Bittersweet Memories transita bastante na força de sua mensagem, mas consegue manter o mesmo tom durante basicamente toda a jornada. Seja passando pelo ambiente opressor da fábrica, onde para entrar e sair precisamos passar por uma longa escada rolante que parece interminável, denotando a burocracia daquele ambiente, ou nas ruas em que temos os hostis e pouco higienizados bairros claramente periféricos da cidade vizinha. E se há um centro mais limpo no meio de tudo isso, é só pra fazer contraste com a melancolia das montanhas solitárias e o tenebroso clima do cemitério. 

O jogo ainda ganha um tom de cinza ao fazer todo o segundo ato girar em torno de uma gangue que se esconde no esgoto da periferia. Eles latem mas não mordem e em geral são um pouco mais excêntricos e cheio de vida, enquanto toda a cidade está obcecada pela eleição que tem em seu cerne a liberação ou não da venda de melão. Esse núcleo parece estar muito mais centrado em seus próprios dramas, pois seus integrantes sabem que provavelmente nenhuma política vai alcançá-los de qualquer forma. 

Esses personagens inclusive parecem ter, de certa forma, uma relação mais sóbria com o melão, não na ansiedade escapista do público geral, mas como uma forma de se desligar de toda a loucura da cidade e viver na própria sintonia — não só neles mesmos, mas como um grupo; interpretem como quiserem. 

Seja como for, mesmo com todo esse subtexto que pode ser tirado de Melon Journey, o lixo não está ali por acaso, nem o sentimento de precariedade. O jogo ainda é majoritariamente bem sutil: mal sabemos o que nossa protagonista pensa por um longo período, e passei inclusive quase metade da campanha sem entender exatamente quais as implicações dos acontecimentos maiores da trama. 

A lentidão desse mistério

Embora dê pra pensar bastante sobre Melon Journey: Bittersweet Memories, a maior parte da experiência acabou sendo um pouco tediosa demais para mim. A gameplay é bastante simples, quase nenhum puzzle exige ao menos que tenhamos que pensar e os diálogos nem sempre são tão interessantes assim. 

As ideias estão bastante nos cenários, nos NPCs sem relevância para a história e na ambientação, e claro, embora mais para frente na campanha o melão se torne ativamente a alienação quase que incontestavelmente, ele passa por um bom tempo como algo morno. 

A forma que a progressão da história se dá também não engaja muito. Para uma história investigativa, investigamos muito pouco, devemos apenas seguir a história para descobrir os mistérios, com o único obstáculo sendo resolver alguns puzzles. Claro, com atenção o jogador pode adicionar algumas sidequests que agregam um pouco, mas elas realmente ficam tangenciais à história, embora não necessariamente às ideias. 

De qualquer forma, não tem tanto para se fazer aqui, é basicamente passar por horas de leitura e andar de um lado para o outro. Em determinado momento, o jogador recebe os patins, que aceleram o deslocamento e agregam muito à experiência. Acho que eles poderiam ser dados desde o início, embora isso pudesse diminuir o sentimento de burocracia importante para a aventura. 

Não que isso seja inerentemente ruim, mas eu me senti pouco convidado a investir no mistério e senti que não precisava fazer muito para chegar à resposta. Confesso que ela foi bem satisfatória e suscitou ainda mais ideias (que prefiro não abordar para preservar a experiência de quem ainda não jogou), mas não posso negar que pouco antes do fim do segundo ato, onde as coisas se encaminham para a reta final, eu já estava ficando entediado. 

A jornada de um melão

Melon Journey: Bittersweet Memories me rendeu uma reflexão muito mais interessante que a própria experiência de jogar, e se torna melhor a cada vez que eu penso nele. Ele nem sempre é brilhante: devido a seu cast “furry”, ele recorre a piadas clássicas de animais e tem alguns personagens que são bem pouco interessantes, além de ter dificuldade de manter o jogador engajado no mistério. 

Isso dito, considero esta uma experiência mais positiva do que negativa por muito, e caso você não seja o tipo de jogador que precisa de estímulo constante, é uma recomendação certeira e que se paga. 

Prós:

  • Experiência densa com bastante espaço para discussões produtivas;
  • Direção de arte bastante inteligente;
  • Respostas satisfatórias para os mistérios.

Contras:

  • Os puzzles são pouco desafiadores, fazendo parecer mais uma maneira de prolongar artificialmente a aventura;
  • O jogo demora para engatar.

Nota Final

8

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Gabriel Marçal
Gabriel Marçal
Outrora um herói curioso e gentil, Gabriel vivia no seu própria ritmo pelas suas própria batidas, sempre com um sorriso no rosto e muito amor pelas coisas que jogava e escrevia. Contava suas histórias e opiniões aos 4 ventos em forma de maravilhosas reviews, porém hoje, é um andarilho perdido e obstinado que vaga pelas nada amistosas terras da vida adulta, tentando se encontrar e encontrar seu lugar no mundo, Gabriel só tem uma missão, ser o gatekeeper que trará a vocês o conhecimento de quais jogos merecem ser jogados.
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