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LIVE A LIVE: Celebrando o seu legado — Parte 1: Da Pré-História ao Velho Oeste

Vinicius Madeira 24/07/2023

Revisão: Davi Sousa

Quando o assunto é “RPG Japonês da década de 1990 que se tornou um clássico contemporâneo”, muitos nomes poderiam entrar nessa lista, tais como Chrono Trigger, Final Fantasy VI e VII, Earthbound, Dragon Quest V: Hand of the Heavenly Bride; enfim, acho que deixei bem claro onde estou tentando chegar. Foi uma época muito boa para gostar desse tipo de jogo, e é por isso que estamos comemorando exatamente um ano que uma joia dessa época foi inteiramente refeita e, pela primeira vez, localizada para o Ocidente: LIVE A LIVE!

LIVE A LIVE é um RPG de 1994 dirigido por Takashi Tokita, um dos diretores responsáveis por Chrono Trigger. Trata-se de uma narrativa que corre por sete diferentes eras da humanidade, que podem ser jogadas de forma não-linear (embora eu tenha uma preferência de tentar seguir uma ordem cronológica exata).

Sua gameplay funciona no formato de RPG por turnos com um sistema de batalha ativo, como Final Fantasy VI e Chrono Trigger, mas com uma movimentação por grade nesse combate, o que torna as batalhas mais dinâmicas e fluídas do que em outros RPGs dessa mesma década. Além disso, cada capítulo possui uma pequena variação na jogabilidade, que às vezes afeta até como os combates acontecem.

Neste especial, irei separar coisas interessantes sobre LIVE A LIVE, como uma sinopse geral de cada capítulo. O conteúdo será dividido em três partes, com essa primeira focada nos quatro primeiros capítulos, na ordem cronológica ao menos. Então, sem mais delongas, vamos dar início às sinopses!

Sinopse geral dos capítulos

Como dito previamente, LIVE A LIVE possui uma narrativa de sete capítulos; porém, isso não é inteiramente verdade: existe também um capítulo que é desbloqueado após completarmos os sete em questão. Após esse capítulo, existe o “capítulo final”, que possui dois caminhos alternativos, o que deixa LIVE A LIVE com um total de 10 capítulos diferentes.

Nota: Abaixo teremos um resumo do que cada capítulo aborda, então já fiquem atentos, pois teremos spoilers!

Pré-História: The First

Arte promocional do remake usada para o capítulo The First.

Geralmente o capítulo de estreia de muitos, pois é a primeira opção oferecida ao iniciar o jogo. A Pré-História narra a história de Pogo, um rapaz Neanderthal de uma tribo que, junto com seu amigo primata Gori, arranja uma encrenca para essa mesma tribo quando resolvem esconder a jovem Beru em sua toca.

Isso acaba atraindo uma tribo rival a entrar em conflito direto com a tribo de Pogo. Após o confronto inicial entre o protagonista e a tribo rival, liderada pelo guerreiro Zaki, eles começam a pensar no que fazer em seguida, mas antes de poder agir, Pogo, Gori e Beru são expulsos da tribo por ter trazido esses problemas!

A mecânica central do capítulo gira ao redor da habilidade de farejar que Pogo possui. O capítulo começa com o jovem caçando uma presa usando esse dom; com a mecânica de farejo, ele consegue iniciar um combate por turnos com encontros aleatórios pelo overworld — não apenas isso, como também essa mesma mecânica serve para a resolução de puzzles e como uma forma interessante de achar o Boss Secreto deste capítulo…

Por se tratar de um capítulo “sem diálogo”, é curioso notar que os personagens compensam a falta de fala em suas reações e balões de pensamento, que geralmente são imagens, o que, somado ao que a deliciosa direção sonora do remake traz, deixa o capítulo muito mais expressivo.

Voltando ao tópico da história, Pogo e Gori são emboscados e Beru é sequestrada. e é aí que os dois descobrem que a tribo de Zaki planejava usar a garota como sacrifício. Pogo liberta Beru e, após uma luta contra o vilão e o líder da tribo, eles acabam caindo da plataforma do altar de sacrifício, direto para o covil de O-D-O (Que se pronuncia “Ow – Dee – Ow”), o último dinossauro vivo que a tribo de Zaki tratava como um deus. O-D-O devora o líder de Zaki, que se irrita e une forças com Pogo, Gori e Beru para derrubar o TIRANOssauro… Sacou a piada? É, eu também achei ruinzinha!

Começo da luta contra o O-D-O, você sente a imponência do bichão (a cauda no sprite até parece um grande chifre, não?)

Zaki se torna líder de sua tribo e, após a luta contra O-D-O, forma uma aliança genuína com a tribo de Pogo. Por extensão, Pogo é aceito de volta à sua tribo e pode enfim ficar com Beru. O capítulo termina com os dois pombinhos entrando no quarto, e a única coisa que Pogo grita é “Aie”, o que é para ser “Ai”, a palavra japonesa para “amor”.

China Imperial: The Successor

Arte do remake usada para promover o capítulo The Successor.

Partindo agora para um dos capítulos mais interessantes na minha opinião, o qual fui grato de poder jogar com um pouco de antecedência na demo. The Successor que narra a história de um velho mestre de artes marciais, ou Shifu, que está em busca de um discípulo para ao qual ele possa ensinar os segredos do seu estilo de luta, o “Coração de Terra”. Nessa busca, ele encontra três arruaceiros das vilas vizinhas que, após o Shifu demonstrar genuíno interesse em suas habilidades, começam a se dedicar aos estudos do seu agora mentor.

As mecânicas diferenciais aqui estão na aproximação do combate, pois, diferentemente de The First, esse capítulo não tem um combate por encontro aleatório, o que significa que o jogador pode evitar as batalhas se assim desejar. Porém, a grande mecânica deste capítulo se encontra no sistema de sucessores; afinal, você pode recrutar os estudantes em qualquer ordem, não existindo uma certa ou errada. Esse tipo de progressão não-linear não era tão incomum à época, mas é interessante apontar como até mesmo nesses pequenos aspectos LIVE A LIVE soa bem mais moderno do que sua idade (29 anos) aparenta.

Os estudantes (Lei Kugo, Hong Hakka e Yun Jou) possuem seus pontos fortes e fracos, e o que você decidir em relação aos atributos de cada personagem vai definir quem será o herdeiro verdadeiro porque, após se envolver em uma confusão com um grupo com estilo de luta mais violento, o Shifu se vê em uma situação trágica quando seu dojo é invadido e dois de seus alunos são brutalmente assassinados, com exceção daquele que tiver os stats mais fortes. O sobrevivente, por eliminação, se torna o herdeiro do Coração de Terra!

Decidindo resolver as coisas no “diálogo”, mais conhecido como “um bom e velho chute na bunda”, o Shifu resolve ir ao dojo desse estilo de luta rival, liderado por Ou Di Wan Lee. Chegando lá, o Shifu é interrompido por ninguém mais, ninguém menos do que o seu próprio discípulo, que também quer se vingar de Lee! Ao confrontar o homem, que lidera o estilo “Punho Indomável”, mestre e aprendiz escutam de Lee que ele não teve envolvimento no ataque do dojo, mas parabeniza os dois por conseguir chegar até ele e promete enfrenta-los de forma justa se eles derrotarem seus lutadores de elite antes.

The Successor se encerra com o Shifu, que, após notar a tática de Lee para cansá-los antes de executá-los, resolve se separar de seu estudante, enfrentando os últimos membros da elite do Punho Indomável enquanto seu discípulo foca inteiramente em Lee.

É aí que o Shifu deixa seu legado: a Descida dos Picos Celestiais (Heavenly Peaks Descent no original), um golpe muito poderoso, mas que só pode ser usado uma única vez em combate. O estudante então faz uso desse novo golpe para acabar com Lee de uma vez por todas ao custo da vida do velho Shifu, que, no fim do capítulo, é enterrado junto a seus outros discípulos no topo da colina em que costumava treinar.

“Heavenly Peaks Descent” como visto na versão de 1994 de LIVE A LIVE, usado por Yun Jou – A tradução acima foi feita por Fãs.

Nota: O discípulo sobrevivente se torna o novo protagonista e pode ser usado no capítulo final.

Japão do Período Edo: The Infiltrator

Arte do remake usada para promover o capítulo The Infiltrator. Aqui podemos ver os dois personagens jogáveis do capítulo, assim como os vilões principais no fundo.

É hora de partir para um conto de assassinato e mistério japonês, pois vamos falar sobre um grupo de indivíduos que durante o Período Edo, entre 1603 e 1868, era responsável por roubar informações, assassinatos misteriosos de líderes e figuras públicas, entre outras coisas: os Shinobi!

The Infiltrator narra a história de Oboromaru, um ninja do clã Enma que foi enviado ao Castelo do clã Ode, liderados por Ode Iou, que possui esquemas para tomar controle de todo o Japão. Para isso, ele toma um prisioneiro político que será sacrificado ao amanhecer.

O objetivo de Oboromaru é matar Ode Iou e libertar o prisioneiro, e é aí que temos outro exemplo interessante de aproximação não-linear que LIVE A LIVE nos passa! A missão pode ser feita de dois jeitos: o “Verdadeiro Pacifista”, onde o protagonista não mata ninguém a mais no castelo fora o lorde Iou e seus conselheiros; ou a “Rota Violenta”, na qual podemos executar cerca de 100 pessoas dentro do castelo.

A mecânica central desse capítulo vem de alguns momentos que tiram o lado mais furtivo que o jogo tem, que parece algo que veio diretamente de uma jogatina de Metal Gear Solid, onde Oboromaru deve evitar inimigos que, assim como no capítulo anterior, aparecem no overworld antes de os enfrentarmos; e para isso, ele consegue se camuflar.

A estratégia da camuflagem é boa caso você não queira ser pego, mas devo ressaltar que o The Infiltrator possui locais que agem como “armadilha”, liberando um inimigo que você não pode fugir ou poupar, por exemplo. As escolhas que o jogador tomar podem determinar o destino de Oboromaru ao fim do capítulo, além de certos itens extras que só podem ser só obtidos na rota Pacifista.

Um fato curioso é que os conselheiros de Ode Iou são, na verdade, espíritos de figuras reais que existiram no Japão, com o exemplo mais famoso sendo Miyamoto Musashi, o mesmo que viveu a história adaptda no famoso mangá Vagabond! Por serem espíritos, os quatro conselheiros (Amakusa Shiro, Miyamoto Musashi, Hiraga “Marionetista” Gennai & Yodogimi) não contam como mortes para o jogo.

Após Oboromaru libertar o prisioneiro e derrotar os quatro espíritos, a dupla vai ao topo do castelo para enfrentar Ode Iou, que durante sua fase final se transforma em uma espécie de yokai sapo. Apesar de estar mais poderoso, o lorde do castelo do clã Ode ainda sucumbe aos esforços de Oboromaru e o prisioneiro.

Oboromaru & o Prisioneiro contra a forma monstruosa de Ode Iou, Gamahebi.

Após a batalha, o prisioneiro revela seu nome como Ryoma Sakamoto, outra figura política real, e pergunta ao shinobi se o mesmo gostaria de acompanhá-lo para fazer do Japão uma nação com um futuro melhor. Dependendo das escolhas que o jogador fez durante a gameplay, Ryoma poderá recompensar Oboromaru com a sua espada se a rota do “Verdadeiro Pacifista” estiver completa, sendo essa uma das armas mais poderosas encontradas em LIVE A LIVE.

Velho Oeste: The Wanderer

Capa promocional do capítulo The Wanderer, usada para o remake.

Ironicamente um dos capítulos mais usados para o marketing do jogo, The Wanderer é o melhor exemplo do quanto o estilo artístico do HD-2D fez bem para a escolha desse remake. Este é um capítulo que faz bom uso da iluminação dinâmica que a Unreal Engine pode dar, ao mesmo tempo que nos mostra uma história que tanto puxa muito dos filmes Western das décadas de 40, 50 e 60 quanto se inspira no método de storytelling do renomado diretor Akira Kurosawa, especialmente seu filme Os Sete Samurais.

O capítulo começa com a história de Sundown Kid, um criminoso procurado que está fugindo do seu passado, em busca de um local para bater as botas. Durante esta sua fuga, ele encontra uma pequena cidade ironicamente nomeada de Sucesso, que é tudo o que o lugar não tem. Nessa cidade, ele vai ao saloon local para beber, quando encontra um velho rival com quem já havia se deparado outras vezes antes: o caçador de recompensas Mad Dog. Sundown Kid aceita o convite para um duelo em praça pública, pois Mad Dog afirma que finalmente vai receber sua recompensa de cinco mil dólares.

Para azar de ambos, o duelo é interrompido após eles perceberem que havia dois atiradores de surdina, prontos para atirar no caçador e no criminoso. Após a dupla lidar com o problema rapidamente, a cidade suplica para que eles ajudem a população de Sucesso contra a Gangue Louca de O. Dio, um criminoso que saqueia diversos locais da região com seus 17 comparsas. Sundown Kid e Mad Dog formam então uma aliança temporária para livrar a cidade do perigo que está se aproximando cada vez mais.

O diferencial de The Wanderer quanto à gameplay acaba sendo seu “limite de tempo”, pois o capítulo acontece dentro de um sistema em tempo real, onde Sundown precisa preparar os cidadãos do pequeno povoado, dando a eles ordens para onde colocar certas armadilhas antes que O. Dio chegue no local.

Com uma jogabilidade baseada em gerenciamento de tempo, esse capítulo pode ficar tanto mais fácil quanto mais difícil dependendo do quanto você conseguir se preparar. Com sorte, se todas as armadilhas forem montadas antes do tempo limite, Sundown Kid e Mad Dog precisarão enfrentar apenas Dio (WRYYY… espera, Dio errado), não se preocupando com seus outros 17 capangas.

Caso o jogador falhe em colocar uma única armadilha sequer, ele terá que encarar O.Dio e seus 17 capangas, o que não é impossível, porém não será muito fácil.

O encerramento do capítulo é um caso interessante de “quão sombrio o jogador pode ser”, pois a você é dada a escolha de encarar seu rival/aliado ou fugir. Caso escolha duelar, o capítulo se encerra com Sundown Kid vitorioso, mas ao custo da vida do outro membro da equipe que ajudou a derrotar Dio.

Por outro lado, se o jogador decidir fugir, Mad Dog alcança o criminoso e exige um duelo. O cowboy apenas atira de raspão no cavalo do caçador, que na verdade era a verdadeira forma de O. Dio, assumida após sua derrota. O vilão foge desesperado, fazendo com que Mad Dog, ainda vivo, persiga seu cavalo fugindo, ao invés de Sundown Kid.

Concluindo


Essa foi a primeira parte da nossa análise em comemoração ao aniversário de LIVE A LIVE. Apesar de não parecer grande coisa agora, o jogo fica bem mais interessante em termos de história nos próximos capítulos, que dão um foco maior às tramas. A parte 2 do nosso especial trará os capítulos restantes.

Obrigado a todos, e espero que nos encontremos novamente na próxima parte!

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Estudante de jornalismo com uma paixão enorme pela cultura do Japão e os jogos, em especial, os RPGs que o povo de lá produz. Sou redator e minhas Franquias favoritas incluem gigantes como Xenoblade Chronicles, Zelda e Mega Man.
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