Skip to content
  • Twitter
  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube
  • Spotify
NintendoBoy

NintendoBoy

Niche Games on Nintendo Consoles

  • Notícias
    • Indústria
      • Nintendo Switch
    • Entretenimento
    • Nintendo 3DS
    • Wii U
    • Mobile
  • Artigos
    • Entrevistas
  • Review
    • Preview
  • Guias
  • Listas
  • RetroBoy
  • TCG
  • Entretenimento
    • Filmes
    • Anime
  • Redação
    • FALE CONOSCO
    • Portfólio
  • Review

Review | Disgaea 7: Vows of the Virtueless

Marcos Vinícius 03/10/2023

Desenvolvedora: Nippon Ichi Software
Publicadora: NIS America
Data de lançamento: 03 de Outubro, 2023
Preço: R$ 314,99
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela NIS America.

Revisão: Davi Sousa

Eu amo JRPGs: eu durmo e acordo pensando em JRPGs, eu respiro JRPGs, como JRPGs todos os dias no café da manhã. Eu sou a manifestação do RPG japonês em sua forma física!

Desculpe esta declaração exagerada, mas preciso deixar claro que eu jogo JRPGs com bastante frequência e em minha coleção pessoal eles ocupam grande parte da prateleira. Por isso, caso pergunte qual o meu subgênero favorito, eu diria que quase todas as ramificações que compõem o gênero me agradam. Contudo, aqueles com viés estratégico talvez sejam um pouco mais atraentes para mim — isso vindo da influência de Fire Emblem, que, pasmem, é uma de minhas franquias de jogos favoritas da vida.

Dito isso, naturalmente você pensaria que eu me atrairia por jogos como Final Fantasy Tactics ou Tactics Ogre; afinal, são grandes referencias no gênero ao lado da série clássica da Nintendo. Mas sinto lhes dizer que, na verdade, eu trato tais séries com indiferença. No entanto, para além de Fire Emblem existe uma série de SRPG que nos últimos anos ganhou meu coração por toda sua caracterização, que inclui humor satírico e mecânicas inovadoras. Estou falando, claro, de Disgaea!

Sem ir a fundo sobre o que se trata Disgaea, o que posso dizer é que meu contato com a série começou no Nintendo DS com a sua versão de Disgaea: Hour of Darkness, que por muitos anos foi a única entrada da franquia em um console Nintendo. Ademais, conforme mais jogos foram chegando ao Switch, fui expandindo cada vez mais meu conhecimento para com a série, e quando me dei conta já estava completamente envolvido por toda a sua essência.

Após essa introdução desnecessariamente longa, chegamos então a Disgaea 7: Vows of the Virtueless, a mais nova entrada numerada da série de SRPG da Nippon Ichi Software, que traz consigo a responsabilidade de se redimir com os fãs pela disrupção estética causada por Disgaea 6, que marcou a transição dos charmosos sprites 2D para os modelos 3D, mas que foi bastante divisivo. Você pode inclusive ler sobre isso na minha análise:

Cause milhões em danos e reencarne quantas vezes for necessário para derrotar o Deus da Destruição em Disgaea 6: Defiance of Destiny.

Mas então, Disgaea 7 é a redenção da série pós-Disgaea 6? De antemão já digo que sim, ele de fato honra o nome que carrega. Mas, claro, quero exaltá-lo melhor neste texto. Sem mais delongas, venham ler esta análise até ficarem com sono de tanto tédio e se certificarem que vão pular para a conclusão sem ao menos visitar todos os tópicos.

Assinei um contrato sem ler e fui tapeado, e agora?

Os eventos de Disgaea 7 ocorrem em Hinomoto, um conjunto de Netherworlds inspirados no Japão do período Edo, a era dos ninjas e dos samurais. No entanto, a chegada do xogunato de Demmodore Opener trouxe mudanças sem precedentes a estes mundos infernais, onde a cultura demoníaca-oriental e o bushido — código de honra dos samurais adotado pelos demônios — foram completamente extinguidos em prol de um regime totalitário e opressor.

Neste contexto, somos apresentados aos protagonistas deste tragicômico universo: Fuji e Pirilika. O primeiro é um espadachim que desapegou do bushido e agora vive em função de quitar uma dívida exuberante, enquanto a segunda é uma otaku podre de rica apaixonada pela antiga cultura de Hinomoto. Embora opostos um do outro no que diz respeito à classe social e visão de mundo, o que une os dois é o desejo mútuo de acabar com a tirania do Xogun.

Mentira! Você achou mesmo que o enredo de Disgaea adotaria um artifício tão clichê para um vínculo entre personagens? O que acontece é que, na verdade, Fuji só está com Pirilika após cometer o erro de não ler as cláusulas do contrato que assinou para receber pelo serviço de guarda-costas. Agora, ele é obrigado a trabalhar para a moça até que ela cumpra seu objetivo em Hinomoto: coletar os sete Tesouros Infernais, as Founding Weapons, e punir Opener e seus treze Magistrados.


Com um enredo tão despretensioso e ortodoxo, é difícil acreditar que Disgaea 7 enfim traria para a série uma narrativa densa e repleta de temas reflexivos — embora dê para argumentar que Disgaea 4 chegou perto disso. Em vez disso, o jogo faz com maestria o que a série sempre se propôs: subverter os elementos narrativos de “jornada do herói” com salpicadas de humor pastelão e satírico adicionadas à composição, resultando em uma trama divertida e fácil de digerir.

Mas não me entenda errado: eu não estou dizendo que o fato de Disgaea optar por não ostentar de narrativas complexas seja algo ruim. Eu acredito que, desde que sejam bem-estruturados, textos mais sucintos podem ser bem apreciados. Contudo, é bom salientar que, se você procura por uma aventura bem-escrita e cheias de nuances, ou seja o inimigo n° 1 do humor, então, francamente, o que diabos está fazendo lendo isso? Suma daqui!

Agora, se você é o oposto do perfil supracitado, Disgaea 7 cumprirá muito bem com seu papel de lhe proporcionar uma aventura lúdica, embora isso também dependa do seu gosto para humor. Contudo, para mim funciona perfeitamente: o timing cômico e as paródias a obras da cultura pop japonesa estão quentíssimas — juro que eu esbocei sorrisos sinceros quando bati o olho em sátiras do anime de Kaiji e da série de jogos Atelier.

Essa referência a Atelier me pegou desprevenido.

Em relação ao elenco, bem, temos é o ponto alto de Disgaea 7. Para dizer a verdade, na minha concepção, a NIS geralmente acerta em cheio ao apresentar um cast divertido e cheio de vida, onde mesmo os personagens genéricos ganham traços únicos de personalidade que agem em harmonia entre os diálogos com o grupo principal. Por isso, Disgaea 7 apenas confirmou o quão bons são os roteiristas da série neste aspecto, tanto que não consigo pensar em desgostar de algum.

Como podem ver na screenshot acima, Pirilika tem como característica errar os provérbios que diz, sendo esse um dos traços cômicos recorrentes da personagem. Fuji, no entanto, tem sua construção humorística baseado no fato dele ser alérgico a empatia, com qualquer gesto de bondade ou carinho fazendo ele vomitar sangue de quase morrer.

Sem entrar no campo de spoilers, o que posso dizer sobre isso no geral é que cada personagem central em Disgaea 7 não se destaca apenas por ser caricato, mas por suas individualidades. A menos que você seja uma pessoa amargurada, deve se simpatizar com algum deles.

Apesar de não ser o culminar da série em temos narrativos, Disgaea 7 ainda consegue apresentar uma trama divertida de acompanhar e consistente ao longo dos seus 15 capítulos. Algo a se notar também é o fato dele ter optado por manter um segmento de visual novel para a apresentação da história ao invés de colocar cutscenes in-game com os modelos 3D. Eu digo isso pois, em Disgaea 6, a movimentação e as expressões dos bonecos eram completamente inconsistentes, então foi uma solução razoável que encontraram enquanto não acertam o ponto de fluidez dos modelos.

Um demônio deve se esforçar para fazer o seu pior

Tá, eu sei que eu disse lá no início que, se você for anti-humor e tiver aversão a narrativas simplórias, talvez Disgaea não seja para você. Entretanto, se mesmo assim você decidir ignorar essa questão em prol de curtir o que ele tem a oferecer em termos de mecânicas de jogo, ao menos neste âmbito você certamente encontrará algo minimamente interessante.

Embora a estrutura de game design de Disgaea não mude drasticamente entre títulos, as diversas melhorias de QoL e novas mecânicas são coisas que já se esperam a cada nova entrada. Mas antes de falar do que realmente há de novo em Disgaea 7, eu gostaria de explicar o conceito básico de gameplay da série, uma vez que pressuponho que muitos dos que estão lendo este texto não têm vivência com a franquia e devem ao menos querer saber como as engrenagens se movem, não é mesmo?

Dito isso, se você já teve contato com algum Fire Emblem, saiba que o design de jogo não foge muito daquilo em princípios básicos — se sequer encostou em um SRPG na sua vida, vou apenas ignorá-lo e seguir adiante.

Pois bem, a diferença é que Disgaea pega a base do SRPG, vira do avesso e coloca suas ideias por cima dele: cenários planair com topologia dinâmica e anormal; painéis coloridos (Geo Panels) com os efeitos mais aleatórios possíveis; níveis de personagens que chegam a quatro dígitos e seus respectivos base stats podendo chegar a oito dígitos, com HP e MP máximos atingindo insanos 9,999,999,999!

Claro, chegar a números de estatísticas tão absurdos de exuberantes requer investimento e métodos não convencionais para tal. Portanto, os jogadores que querem extrair o potencial máximo de suas unidades serão altamente promovidos pelo “grinding saudável” por meio do Item World, que é um modo de jogo no qual o jogador sobe andares enquanto limpa mapas gerados aleatoriamente, afim de não apenas subir de nível, mas melhorar seus equipamentos e “farmar” mana e dinheiro.

O Reincarnate é um método suplementar que agiliza o processo de crescimento das estatísticas dos personagens, tornando-os mais fortes ao voltá-los para o nível 1. No Juice Bar, você pode aprimorar seus stats usando drinks ou extracts que acumulou durante as batalhas. O Cheat Shop, como o nome sugere, ajusta a quantidade de ganho de pontos de exp., mana, nível dos inimigos, dinheiro e afins. Como você pode observar, tudo é bem automatizado.

A grande parte das mecânicas em Disgaea visa encorajá-lo a elevar seus personagens ao máximo. Eles até incluíram em Disgaea 7 o D.I. Battle (Demonic Intelligence), que é um auto-battle desempenhado por uma IA totalmente customizada para facilitar o grinding, sendo uma das novidades substanciais do jogo.

E já que falamos de novidades, para além do D.I. Battle também temos o Item Reincarnate, que funciona como o já explicado Reincarnate, porém apenas para itens, como o próprio nome sugere. No entanto, o Hell Mode e o Jumbification são de fato os chamarizes em termos de mecânicas de jogo; eu irei abordá-los em um tópico separado a seguir.

Novas técnicas para superar seus adversários

O Hell Mode funciona como um estado de frenesi que pode ser acionado durante a batalha após cumprirmos uma certa condição. Sendo eficiente principalmente no late-game, ele concede aumentos de stats e skills exclusivas por uma certa quantidade de turnos. No entanto, nem todos os personagens podem usufruir do Hell Mode, apenas os detentores de um Tesouro Infernal.

Embora não pareça nada demais, o Hell Mode pode sim dar uma reviravolta no jogo, principalmente se você estiver lidando com inimigos difíceis de extrair dano. O exemplo que coloquei acima é uma habilidade especial da Ceefore, o Billion Blast, onde ela usa sua Founding Weapon para desferir um golpe letal independentemente de onde o inimigo esteja — isso claro, estando dentro do alcance da skill.

Por outro lado, o Divine Kenzan, da Kenzan Musashi do Fuji, ignora os bônus de aumento de stats na defesa do inimigo enquanto estiver atacando, enquanto o Bright Order do Yeyasu inflige atordoamento em área. Sendo assim, o Hell Mode é um subelemento bem-vindo que traz uma camada a mais no lado tático da coisa. O fato dele ser restrito aos portadores das Founding Weapons, no entanto, se dá pela coesão da história do jogo, por isso entendo ele não ser abrangente.

O Jumbification, no entanto, é uma mecânica inédita em Disgaea, na qual uma unidade por vez se torna gigante após a barra de Fúria estar completamente cheia. Neste modo, seu HP dobra de quantidade e você pode desferir golpes poderosos e em área em qualquer lugar do mapa, tornando-o bastante opressor. Contudo, o inverso também acontece, e quando há duas unidades colossais em tela, você tem acesso a uma skill exclusiva que só pode ser usada no gigante inimigo.

Ignore os peitos da Higan, isto é apenas uma demonstração do Jumbification.

Embora seja divertido de usar e uma excelente forma de varrer inimigos, eu penso no Jumbification como uma faca de dois gumes. Explico: em ocasiões normais, a mecânica dura apenas alguns turnos; contudo, isso não quer dizer nada quando você pode usá-lo várias vezes enquanto a partida se prolonga, quebrando em certa escala o viés estratégico de Disgaea.

Claro, ainda existe o fato de que você precisa se espalhar pelo cenário para evitar kills em massa quando o inimigo aciona o Jumbification primeiro que você. A questão é que fazê-lo mais de uma vez por partida me faz lembrar sobre como seria injusto se a mecânica de Dynamax/Gigantamax em Pokémon Sword/Shield funcionasse da mesma forma. Seria quebrado demais, entende? Por isso, eu gostaria de ver o Jumbification mais como um recurso para o clímax em vez de ser um artifício abusivo.

Em suma, as novidades de mecânicas de gameplay em Disgaea 7 dão um novo frescor à experiência como um todo, embora eu não as veja sendo recicladas em uma futura sequência por motivos de contexto de sua lore. Mas se o Jumbification pudesse retornar em um outro contexto, eu pediria para que ele fosse bem mais restritivo pelo bem na natureza tática de Disgaea.

O mais puro suco de Disgaea!

Como deu para ver, eu só rasguei elogios a Disgaea 7, e de fato ele merece os créditos. O jogo pode não ser inovador ou disruptivo dentro da série em vários quesitos, mas é uma experiência Disgaea genuína que acerta em praticamente tudo a que se propõe. Você deve considerar minhas ressalvas para o Jumbification, mas como eu disse, ainda é uma mecânica bastante divertida.

No Nintendo Switch, Disgaea 7 parece fluir muito bem no que diz respeito à qualidade visual e performance. Digo logo que não sou um expert neste meio, mas eu consigo ao menos ver quando há algum problema grave ou quando está nos conformes, e como joguei Disgaea 6, que de fato sofria com tais complicações técnicas, eu pude realmente sentir a diferença de um para outro.

Para finalizar, Disgaea 7 é uma recomendação fortíssima a fãs veteranos. Eles vão encontrar tudo que se espera e um pouco mais, mas terão que superar o fato de que os modelos em sprite foram deixados no passado. O jogo, no entanto, suaviza os modelos 3D desengonçados de seu antecessor, então acredito que é só questão de aperfeiçoamento.

Para novatos, no entanto, vocês serão incentivados a explorar tudo que dá vida à série Disgaea, mas é importante ressaltar que seus elementos narrativos podem não ser do agrado de todos. Disgaea 7, tal como todo resto da franquia, é uma experiência única e irreplicável de SRPG.

Prós: 

  • História engajante e muito bem-humorada, com personagens excêntricos e caricatos;
  • Loop de jogabilidade viciante, com diversas mecânicas de jogo para explorar;
  • Performance relativamente melhor que em Disgaea 6;
  • Ideal para iniciantes conhecerem a essência da série, ao mesmo tempo caprichoso para o conforto de fãs veteranos.

Contras:

  • O Jumbification é falho na missão de proporcionar uma mecânica que não prejudique a natureza estratégica do jogo;
  • Pode não ser de agrado de quem busca narrativas mais densas.

Nota final:

9

  • Sobre
  • Últimos Posts
Marcos Vinícius
Marcos Vinícius
Fã de JRPG e weeb nas horas vagas.
Marcos Vinícius
Últimos posts por Marcos Vinícius (exibir todos)
  • Illusion of Itehari, Otome Game de fantasia onírica, chega ao Ocidente em 18 de setembro - 12/06/2025
  • Disgaea 7 Complete é anunciado para Switch 2 — Versão definitiva com novo conteúdo de história, novos elementos de gameplay, e mais - 12/06/2025
  • Famitsu — 2/6 a 8/6, 2025 | Mario Kart World estreia em 1° lugar no varejo japonês com 780,000 cópias vendidas; Switch 2 vendeu 940,000 unidades - 12/06/2025

Continue Reading

Previous: Super Mario RPG destaca as diferenças entres os arranjos musicais do remake e o original de SNES
Next: Shiren the Wanderer 6 chega em fevereiro de 2024 no Ocidente como “Shiren the Wanderer: The Mystery Dungeon of Serpentcoil Island”

Relacionado

Review | Survival Kids
  • Review

Review | Survival Kids

13/06/2025
Review | Date Everything!
  • Review

Review | Date Everything!

12/06/2025
Review | Mario Kart World
  • Review

Review | Mario Kart World

10/06/2025
  • Twitter
  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube
  • Spotify
Copyright © All rights reserved. | DarkNews by AF themes.