É isso pessoal, o ano de 2023 está se encerrando, portanto chegou aquele momento em que a internet olha para trás e discute as melhores experiências de videogames que obtemos no decorrer do ano, e isso claro, inclui os amados jogos indies.
Pensando nisso, o editor-chefe não-Otaku deste site mandou reunir alguns redatores para indicar suas melhores experiências indies que tiveram no Nintendo Switch. Obviamente é uma lista pequena e individualista, mas que serve para guiar quem procura por uma boa dica.

Wildfrost
por Matheus “Theus Jackson” Santana

Desenvolvedora: Deadpan Games, Gaziter
Publicadora: Chucklefish
Preço: R$ 59,99
Disponível: eShop
Nuuvem/Steam (PC)
Quem me acompanha no NintendoBoy deve imaginar qual é o meu indie favorito pela maior nota dada em uma review; mas não, eu não quero recomendar Bem Feito desta vez, pois é um jogo que havia sido lançado no PC há algum tempo, portanto, em vez disso quero que joguem Wildfrost.
Wildfrost é um título bastante charmoso lançado bem no início do ano, tratando-se de um rogue-like deck-builder situado em um mundo que entrou numa espécie de era do gelo provocada pelo wildfrost, e a vila onde moramos elege um herói para tentar acabar com essa nevasca eterna — mas a cada derrota somos um novo aventureiro e temos que montar uma nova equipe.
O que é engraçado é o fato de que essa combinação nunca me chamaria a atenção, mas como eu já acompanhava o artista que faz as cartas do jogo eu dei uma chance, e mesmo não conseguindo concluí-lo (não pelo jogo ser difícil e sim por eu ser horrível em jogo de carta (eu perco no UNO para crianças, acredite!)) eu tive bastante horas de diversão principalmente jogando no modo portátil do Nintendo Switch, pela conveniência de apenas usar os dedos para mexer as cartas.
Como eu já falei, não sou um grande jogador. Além das cartas serem bonitas, eu curti Wildfrost principalmente pela facilidade das regras, sendo muito simples de proteger a carta de herói com outras cartas de criaturas ou armadilha. Com o tempo, a campanha vai ficando complexa fazendo com que em certos momentos eu me sentia um gênio criando estratégias e recompensado ao realizar novas estratégias; acho que só não fiquei engajado por mais tempo porquê não possui português entre as opções de idiomas para facilitar o entendimento.

Clive ‘N’ Wrench
por Luiz Estrella

Desenvolvedora: Dinosaur Bytes
Publicadora: Numskull Games
Preço: R$ 57,99
Disponível: eShop
Confesso que se eu tivesse jogado mais jogos indies esse ano, talvez este não seria a minha escolha, porém, isso não muda o fato do quão interessante foi a minha experiência com Clive ‘N Wrench. A questão é a seguinte: as vezes é muito mais interessante jogar ou falar de um jogo recheado de problemas do que de um jogo que execute tudo na média, e foi basicamente com esse pensamento que fiz a minha review desse game no início do ano.
Falando que o jogo é “recheado de problemas” pode fazer você assumir que eu não me diverti com ele, o que não é verdade. O jogo é uma carta de amor autêntica aos jogos de plataforma 3D do Nintendo 64, tão autêntica que comicamente repete muitos dos erros da época, alguns em forma de homenagem outros por que sendo um game desenvolvido por uma única pessoa, é natural que o padrão de qualidade fique abaixo da média.
Mas que fique claro: o jogo acerta em aspectos essenciais, como por exemplo a movimentação dos personagens e a temática dos mundos. No final do dia, meu conhecimento “extra-game” sobre o desenvolvimento afetou minha percepção e dei uma nota positiva para o jogo, o que não pode ser o caso de todo mundo, como deixo claro no texto. Para os fãs de jogos de plataforma 3D digo que vale a pena dar uma chance para Clive N’ Wrench nem que seja pra dar risada em como o jogo homenageia clássicos dos primórdios do 3D.
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Sea of Stars
por Vinicius Mamadeira

Desenvolvedora: Sabotage Studio
Publicadora: Sabotage Studio
Preço: R$ 99,99
Disponível: eShop
Nuuvem (Nintendo Switch)
Nuuvem/Steam (PC)
Com muitos indies excelentes saindo em 2023, alguém pode achar difícil escolher apenas um entre tantos. Mas para mim, Sea of Stars é a escolha ideal. Inspirado na era de RPGs dos anos ’90 e com um time que claramente tem um amor por JRPGs como Chrono Trigger e Dragon Quest, Sea of Stars pega uma fórmula já clássica e a moderniza.
Embora tenha uma gameplay bem mais casual que muitos JRPGs, Sea of Stars traz uma diversão nessa simplicidade, e com uma escrita que consegue entregar momentos hilários, assim como momentos mais emocionantes, não só é o meu indie do ano, como um dos meus RPGs favoritos que lançou em 2023 também.
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Gunbrella
por Thomas Mertens

Desenvolvedora: Doinksoft
Publicadora: Devolver Digital
Preço: R$ 46,99
Disponível: eShop
Nuuvem/Steam (PC)
Meu jogo indie favorito desse ano foi Gunbrella!
Eu acabei sendo surpreendido com uma história que foi se aprofundando com o passar do jogo. Amor, ódio e vingança dão sempre bons roteiros! As mecânicas simples, mas inteligentes, criam uma jogabilidade divertida. E o fato da peça principal do jogo ser uma piada (mas ter superado esse conceito), se torna uma nova ideia bem interessante.
O combate de Gunbrella tem que ser bem pensado, não dá pra ir pra cima sem saber o que você está fazendo. Todos os chefes seguem o mesmo princípio, sendo bem difíceis e desafiadores, levando algumas tentativas só para entender o que o inimigo consegue fazer. Mais algumas para entender como atacá-lo, e aí sim vencer.
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Foi um jogo que me cativou e estimulou a explorar mais e mais além da história base, falando com todo mundo, e aproveitando a temática de sociedade meio disfuncional, mas que de alguma forma as pessoas deram um jeito e seguiram em frente. Se você tiver a oportunidade, gaste suas horas aqui pois vale mesmo a pena!

A Space for the Unbound
por Lucas Barreto

Desenvolvedora: Mojiken Studio
Publicadora: Chorus Worldwide
Preço: R$ 103,66
Disponível: eShop
A Space for the Unbound foi o primeiro jogo que joguei em 2023, e mesmo agora foi o que mais deixou marcas. Nele, encontramos uma jornada de auto descoberta, protagonizada por uma dupla de colegiais carismática que, pouco a pouco, vai revelando o que há por trás das aparências.
A equipe indonésia por trás da obra trouxe um ar intimista pouco vista na mídia, em uma narrativa pessoal de superação de traumas. Além de buscar a identidade de suas origens para marcar a obra, também traçam um paralelo dicotômico entre esperança e perdição, fazendo-nos mergulhar de cabeça nos problemas que assolam todas as personagens.
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O jogo ainda brinca com diversas referências de diferentes mídias, buscando no humor centelhas de identificação. Escondido na superfície, entretanto, encontramos também momentos sublimes em que nos conectamos com a comunidade social construída ao redor das ruas e das lojas do bairro. Para além de melhor jogo que tive o prazer de jogar esse ano, foi também um dos melhores jogos que já joguei na vida.
E aí chegou a jogar algum desses? Qual foi o seu indie favorito do ano?
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