A Nintendo não é conhecida por seguir o padrão quando se trata de desenvolvimento de jogos, e com The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, eles decidiram ir ainda mais além. Para garantir que o jogo estivesse à altura das expectativas, a empresa criou uma rede social própria para os desenvolvedores, chamada Rupee Bulletin Board. Revelada recentemente na CEDEC (Computer Entertainment Development Conference) por Hidemaro Fujibayashi, diretor do jogo, e Kenichi Hirose, engenheiro da equipe, essa plataforma exclusiva serviu para otimizar a comunicação e acelerar o progresso de um dos maiores títulos da franquia.
Diferente de qualquer outra rede social que conhecemos, o Rupee Bulletin Board tinha um propósito bem definido: facilitar a troca de feedback entre os desenvolvedores em tempo real. Funcionando como um fórum interno, cada membro da equipe podia postar suas observações durante os testes e receber “Rupees” — uma forma simbólica de aprovação, substituindo os tradicionais “likes”.
Mas não pense que era tudo uma festa de curtidas. A Nintendo foi rígida ao estabelecer que todas as postagens deveriam ser objetivas, baseadas em dados concretos, e qualquer forma de discussão ou opinião subjetiva não eram permitidos. O objetivo? Garantir que o desenvolvimento seguisse de forma eficiente, sem distrações ou mal-entendidos que pudessem atrasar o lançamento de Tears of the Kingdom.
Essa estratégia diferenciada foi crucial para manter o ritmo e a qualidade durante o ciclo de produção, que envolvia etapas complexas como implementação, playtests e análise de dados. Com a ajuda do Rupee Bulletin Board, a equipe conseguiu transformar o feedback em ações rápidas e decisivas, resultando em um jogo que impressionou tanto em escala quanto em coesão.
É fascinante pensar que, em um mundo onde as redes sociais muitas vezes se tornam um mar de opiniões conflitantes e desinformação, a Nintendo conseguiu criar um ambiente onde a eficiência e a objetividade eram as regras do jogo. E, no fim das contas, quem saiu ganhando fomos nós, os jogadores, com um Zelda que redefiniu o conceito de mundo aberto.
Será que essa abordagem será adotada em futuros projetos, como um novo Mario? Fica a curiosidade. Mas uma coisa é certa: com a Nintendo, sempre podemos esperar o inesperado.