
Desenvolvedora: WayForward
Publicadora: Atari
Gênero: Metroidvania
Data de lançamento: 10 de setembro, 2024
Preço: R$ 88,99
Formato: Digital/Físico
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Atari.
Revisão: Marcos Vinícius
Yars Rising, desenvolvido pela WayForward e publicado pela Atari, é uma reimaginação de Yars’ Revenge, o clássico SHMUP do Atari 2600 de 1982. Essa nova versão no entanto, trata-se de um metroidvania que coloca você no controle de Emi Kimura, uma jovem hacker que se infiltra em uma megacorporação futurista. Apesar de honrar o clássico com alguns mini-games nostálgicos, o jogo se destaca por seu charme único e escolhas criativas.
Universo Cyberpunk Retrô
Ambientado em um mundo com elementos de cyberpunk, cenário típico de grandes corporações com segredos sombrios e modificações corporais tecnológicas sendo consideradas comuns, Yars Rising apresenta desafios típicos de jogos busca-ação em que você vai e volta nos cenários, enfrenta inimigos e adquire upgrades ao longo do caminho.
Contudo, um adicional interessante do título é o Modo Hacking, em que, através de mini-games que remetem as joias do passado da Atari, o jogador pode invadir computadores da grande corporação maligna para abrir portas, desativar lasers e até mesmo conseguir armas e outros upgrades para a protagonista.
Dentro desse modo ainda há a modalidade “Invincible Hacking”, que alivia a dificuldade dos supracitados mini-games, mas claro, sem banalizá-los, e pode ser uma boa adição para quem tiver interesse em reduzir um pouco o desafio dessa parte da aventura.

Um dos maiores acertos de Yars Rising é a estética. A paleta de cores azul, verde e roxo neon é vibrante e rica, trazendo vida a cada cenário. Além disso, ao contrário de outros jogos futuristas de menor orçamento — que tendem a ser monótonos —, este surpreende com uma variedade de ambientes que mantêm o jogador sempre explorando algo novo.
Controles simples, mas Stealth falho
Os controles são simples e intuitivos para quem já conhecem jogos de plataforma de ação estilo metroidvania, e a mecânica de upgrades mantém o ritmo interessante, porém o sistema de “stealth” do jogo deixa a desejar. Há situações em que Emi chegava praticamente na cola dos guardas eles mal reagiam, o que tira bastante da imersão. Além disso, o jogo apresenta alguns problemas de otimização, com lags ocasionais que podem atrapalhar, ocasionalmente, o fluxo da ação.

A trilha sonora é um show à parte. Com uma vibe electropop e batidas eletrônicas Y2K, as músicas são contagiantes e combinam perfeitamente com o estilo do jogo. Além disso, há faixas cantadas que dão um toque extra de personalidade. Destaque especial para as faixas da compositora Megan McDuffee.
Humor Metalinguístico Que Rouba a Cena
Outro ponto alto é o humor metalinguístico da protagonista Emi que faz comentários apontando para a “dissonância ludonarrativa” do jogo, como questionar por que um prédio de escritório teria plataformas mortais ou mencionar o gosto suspeito do arquiteto por parkour trazendo um alívio cômico bem-vindo. Esses meta-comentários fazem o jogador se sentir mais conectado com a protagonista e dão um charme extra à narrativa.

Diversão Garantida, Mesmo com Mecânicas Imperfeitas
Yars Rising consegue reimaginar um clássico com um toque moderno, oferecendo uma experiência envolvente, especialmente para os fãs de jogos retrô e de estética cyberpunk. Embora tenha alguns problemas de desempenho e uma mecânica de stealth fraca, os visuais deslumbrantes, a trilha sonora excelente e a autenticidade do humor fazem deste jogo uma diversão garantida.
Prós
- Trilha Sonora e Estética cativante;
- Humor meta divertido;
- Variedade nos cenários e nos desafios.
Contras:
- Problemas de Otimização pontuais;
- Stealth fraco.
Nota Final:
8
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