Desenvolvedora: RareBreed Makes Games
Publicadora: Aksys Games
Gênero: Luta
Data de lançamento: 17 de Outubro, 2024
Preço: R$ 217,88
Formato: Digital/Físico
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Aksys Games.
Revisão: Marcos Vinícius
Em um grande tom de homenagem à era clássica dos jogos de luta, Blazing Strike visa entregar uma experiência nostálgica a quem vivenciou tudo isto, ao mesmo tempo que implementa modernidades em sua gameplay.
Com um universo e lore completamente diferentes do que jogos de seu gênero entregam e um limitado elenco de personagens, este fighting game consegue ser consistente em alguns aspectos, apesar de falhar em outros.
Em essência, vamos elaborar nesta review todos os pontos do que funcionou e o que não em sua execução e como isso se encaixa em Blazing Strike com o público que almeja atingir.
Uma estética nostálgica
Quando eu disse anteriormente que este jogo almeja uma nostalgia eu não estava brincando; cada elemento disto – inclusive coisas que posso não ter notado – exala um chamariz para quem jogou clássicos do gênero em sua época: Sua pixel art, o filtro retrô, o design dos personagens, aspectos de sua gameplay.(apesar de suas modernidades).
O elenco consegue lembrar desde The King of Fighters, até Street Fighter e Marvel vs. Capcom muitas vezes, se fazendo generoso ao se parecer com muitas referências ao mesmo tempo. Não consigo colocar um viés pessoal neste aspecto da review devido ao fato de eu ser muito novo para dizer que vivi esta época mas, atesto que Blazing Strike, em cada um de seus pixels, almeja se vender pela nostalgia e faz isso muito bem.
Apesar disto, o game enxerga o que não se aplicaria bem em um jogo moderno e implementa certas modernidades em suas mecânicas, fazendo com que este título seja amigável para fãs mais novos do gênero que queiram experimentá-lo.
É necessário pontuar que mesmo que hajam pessoas mais novas que estejam mais familiarizadas com Street Fighter 6 e entradas mais recentes das mais icônicas franquias de luta, há aqueles que já experimentaram seus primórdios, apesar do game ter como público alvo os mais velhos. Em meio a tudo isto, vamos explorar agora sobre o aspecto mecânico de Blazing Strike e o quão funcional se mostra.
Intuitivo apesar de tudo
Os jogos de luta costumam vezes serem fáceis de aprender e vezes serem técnicos demais, este se enquadra no primeiro. Os personagens seguem bons arquétipos de jogos de luta, além de não terem sequências muito difíceis de se executar. É fácil notar que quando um game é intuitivo, não é necessário fazer um esforço imenso para que ao se fazer o clássico meia-lua e soco para que nosso personagem execute sua manobra.
Os personagens não possuem uma lista enorme de combos, além de que normalmente estes se fazem amigáveis em execução. Além disto, Blazing Strike implementa uma mecânica de dash que possui um contra-ponto que a torna balanceada, assim maneirando a agressividade e não tornando a luta tão unilateral assim.
Em troca de se poder aproximar rapidamente de seu oponente, uma barra de estamina é consumida, a qual seu personagem fica vulnerável se você abusar, não deixando com que o jogador esteja sempre na ofensiva.
Experimentar esta mecânica com um oponente melhor do que a máquina não foi possível devido ao online ser completamente vazio de jogadores, infelizmente. Apesar disto, a IA na dificuldade normal, apesar de se enquadrar mais como uma dificuldade fácil, é extremamente amigável para aprender a jogar. O modo Hard acaba fazendo com que o oponente revide com mais frequência, mas não oferece uma dificuldade insanamente alta que justifique seu nome, ainda mais levando em conta o quanto não sou exatamente bom e experiente em jogos de luta.
Apesar dos pesares, mecanicamente, Blazing Strike, ao mesmo tempo que é amigável com novatos como eu, também consegue oferecer uma complexidade. Este título consegue entregar um bom equilíbrio entre uma gameplay clássica e moderna.
História boa, execução falha
Usarei este ponto da review para mostrar que Blazing Strike é um ótimo jogo arcade, que pela ausência de uma feature extremamente básica em jogos contemporâneos, fará com que amantes de um bom modo história deste gênero, não queiram jogar o game, apesar de uma lore extremamente interessante.
Infelizmente, esta ideia boa certamente afastará pessoas pelo fato de que, em meio à uma caixa de texto que se mostra de maneira muito lenta, o game só te dá a opção de ver nesta velocidade ou pular a cutscene.
Acredito que uma simples opção do texto mais rápido resolveria este problema facilmente, ainda mais levando em conta que este título se propõe a entregar uma história que seria mais comum em outros gêneros, completamente diferente e interessante
E o online?
Sendo de longe um dos aspectos mais fraco de Blazing Strike, o game falha e muito na execução de um aspecto fundamento de jogo de luta em tempos contemporâneos: seu modo online.
Blazing Strike não possui jogadores com quem se possa ser pareado, o que é um fator completamente desmotivador para quem almeja testar tudo o que treinou contra jogadores reais. Para colocar tudo isto à prova, tive que pedir a ajuda de outro redator que possuía o game, para assim então conseguir testar, o que de fato se mostrou uma experiência frustrante.
Com diversos bugs, desde travamentos constantes e até mesmo controle parando de responder dentro do próprio game(mas voltando para o menu home normalmente), não é possível aproveitar a qualidade mecânica que Blazing Strike oferece no modo single-player.
Tal fator se mostra uma decepção quando se diz respeito à vida útil do game pois, um bom online com Rollback Netcode se mostra algo completamente obrigatório para Fighting Games nos dias atuais.
Ironicamente, é muito mais útil criar um lobby do que procurar uma partida rápida em “Quick Match” pois, mesmo com somente dois jogadores online, o game falha em te parear de maneira óbvia com sua única opção. Ao colocar-se tudo isto em perspectiva, a feature que aumentaria a vida útil do game para os jogadores não se mostra bem implementada, infelizmente.
Um ótimo arcade
Facilmente recomendo Blazing Strike como um bom jogo de luta arcade, o qual um inexperiente do gênero que jogou poucos títulos como eu conseguiu experienciar de maneira intuitiva.
Este fighting game almeja se vender pela nostalgia para os mais velhos, em cada aspecto de sua execução, apesar de ter autoconsciência o suficiente para entender que há de ser um jogo moderno, assim implementando um bem balanceado sistema de dash, o qual não é possível tornar a luta totalmente unilateral com isto devido à barra de estamina. Seu modo história se torna difícil de ser apreciado pela ausência de uma feature extremamente simples.Acredito que este elenco limitado se torna um problema ao notar-se que o game se faz tão caro quanto um título grande de seu gênero.
Com um online cheio de problemas, o game falha ao entregar uma implementação competente da feature que daria vida útil ao game, desde o péssimo matchmaking como também constantes bugs de travamentos, tornando a experiência frustrante.
Em meio a isto, recomendo Blazing Strike como um bom jogo arcade, o qual consegue ser funcional para partidas rápidas no single player, não se sustentando em um ciclo de longo prazo, com um elenco tão pequeno e uma ausência de possibilidade competitiva.
Prós
- Estética nostálgica bem executada;
- Balanceamento de mecânicas clássicas com modernas;
- Gameplay intuitiva;
- Bom design de personagens;
- Lore interessante.
Contras
- Ausência de aumento de velocidade do texto no modo história;
- Elenco pequeno ao levar em conta seu preço;
- Online mal implementado;
- Ausência de PT-BR.
Nota
6,5
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