
Desenvolvedora: Nihon Falcom
Publicadora: XSEED Games
Gênero: RPG de ação
Data de Lançamento: 07 de janeiro, 2025
Prévia feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela XSEED Games.
A série Ys é uma das pioneiras no âmbito de RPG de ação, embora seja um fato um pouco desconhecido, já que a Nihon Falcom sempre viveu às sombras de seus rivais indiretos que se tornaram populares em escala global.
Embora Ys —junto de sua franquia irmã Dragon Slayer—tenha influência direta no desenvolvimento do gênero até chegar aos populares soulslikes que inundam o mercado de jogos, a Falcom não ficou sentada esperando reconhecimento e continuou trabalhando arduamente para tornar seu clássico em uma franquia que consegue acompanhar as tendências do mercado a cada década.
Ys passou por algumas mudanças em sua estrutura com o passar do tempo. Uma das minhas favoritas está lá no início dos anos 2000, onde Ys evoluiu para um estilo de gameplay rápido que adicionava o frenesi do bullet hell à composição. The Oath in Felghana, de 2005, é um remake de Ys III: Wanderers from Ys que exemplifica o que estou dizendo. Pasmem, sua remasterização acompanha Ys X: Nordics para introduz novos fãs seu legado.
Nesta prévia, no entanto, irei ser mais opinativo do que de fato introdutório, deixando até mesmo de lado aspectos narrativos, já que quero deixar o grosso para elaborar na minha review. Por isso, relaxa que não tem spoilers.
Charme retrô inigualável
Ys: The Oath in Felghana por si só já era uma mudança significativa para Ys III: Wanderers from Ys em sua época, por isso, o trabalho de remasterização pode parecer ínfimo a primeira vista, principalmente para quem jogou o original e busca uma justificativa para revisita-ló, mas desta vez a preço cheio.
Para além das melhorias de QoL e o upscaling visual, Ys Memoire: The Oath in Felghana está atualizando também a música e os modelos de todos os personagens com novas artes. Mas fiquem tranquilos, existe a opção de mudar para a arte clássica para que os mais nostálgicos não se sintam desvalorizados. No entanto, como não possuo apreço por The Oath in Felghana, já que não o joguei previamente, acabei optando em manter a arte atualizada mesmo—ela é charmosa também, viu?


Mas vale ressaltar que estamos falando de um jogo de 20 anos atrás. O que eu quero dizer é que, é claramente um produto de seu tempo, não havendo muita densidade em termos de mecânicas e exploração como estamos atualmente acostumados. Então pode ser um pouco difícil sair de um jogo do escopo de Ys IX ou Ys X: Nordics para algo mais contido e datado.
Felizmente, eu atingi a “idade do retro gamer”, o qual passei a ter uma ótica diferente para joias de outrora, valorizando o conceito artístico e de game design, tal como suas limitações. Fora que, The Oath in Felghana embora seja um jogo feito para PC, ele se adequá perfeitamente a uma experiência portátil, tornando-o ainda mais atraente jogando na telinha do Switch. Se você, que nunca encostou em um Ys antigo, tente jogá-lo com isto em mente, fica a dica.
O chamariz de Ys
Se existe algo que Ys é bom é em sua gameplay combinado a s, e isso é incontestável independente do período em que estamos falando disso.
O combate em ritmo acelerado passou a ser integrado a partir de Ys VI: The Ark of Napishtim, mas considero The Oath in Felghana e Ys Origin a síntese dos jogos de Ys naquele momento. Tendo isso em mente, o combate de The Oath in Felghana é como se estivéssemos jogando os jogos atuais quando falamos de combate ágil, porém na perspectiva vista de cima e com esquema de controle diferentes.

Adol pode desferir combos se combinado os botões de ação e direcionais, embora e possa ser difícil desferir golpes aéreos devido a dificuldade de identificar a posição exata dos inimigos no ar. Assim como Ys Origin, temos um esquema de power-ups para além do uso da espada, e quando matamos inimigos eles dropam poções de HP e MP de uso imediato ou itens temporários que aumentos nossos stats.
A batalha contra bosses segue o estilo padrão de Ys onde devemos decorar seus movimentos e desviar dos golpes no momento certo antes de atacar. É estilo de gameplay com elementos de bullet hell onde a satisfação da vitória estar em você morrer diversas vezes até descocar o padrão do inimigo. Em uma nota pessoal, não sou o tipo de jogador que busca o prazer de superar algo na maior das dificuldades, mas aqui as coisas não são desbalanceadas não, é tudo uma questão de aprender a desviar no timing certo antes de atacar.

Dito isso, você irá reparar que mesmo na dificuldade normal o jogo é bastante desafiador, mas calma que você pode diminuir ou aumentar isso em até dois níveis, mas só antes de começar um novo save. Fiquem atentos.
Fãs de Ys, fiquem de olho neste trabalho
Existem diversos títulos de Ys no Switch, desde os mais atuais até aqueles lá dos anos 80s publicados pela D4 Enterprise através do label EGGCONSOLE. Contudo, dentre estes dois extremos, The Oath in Felghana se aloca entre uma das melhores fases dos jogos da Nihon Falcom na minha opinião, trazendo uma gameplay satisfatória e visuais retrô bastante agradáveis.
Meu conselho é: desapegue um pouquinho da modernidade, pois é possível encontrar joias como The Oath in Felghana por ai. Ys Memoire: The Oath in Felghana chega como a versão mais acessível deste título e até onde pude jogar baseado nas restrições de embargo, é um título que prende por sua gameplay deliciosa. Espero continuar com esta boa impressão até o final. Vejo vocês mês que vem na minha review!
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