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Review | The Stone of Madness

João Pedro Vale 09/02/2025

Desenvolvedora: The Game Kitchen
Publicadora: Tripwire Interactive
Gênero: Tático, Stealth, Terror Psicológico
Data de lançamento: 28 de Janeiro de 2025
Preço: R$ 88,99
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Tripwire Interactive.

Revisão: Marcos Vinícius

“The Stone of Madness” é um jogo de stealth tático em tempo real ambientado em um mosteiro espanhol do século XVIII. Desenvolvido pela The Game Kitchen, conhecido pela aclamada série “Blasphemous“, o jogo chega cercado de expectativas, especialmente considerando que o estúdio também está envolvido no próximo título 2D da franquia Ninja Gaiden.

Com um histórico de projetos ambiciosos, The Stone of Madness tenta trazer uma abordagem inovadora para o gênero, mesclando um viés tático, com narrativa e elementos de terror psicológico. Mas será que ele consegue atender às expectativas?

Intrigas em um mosteiro sombrio

A ambientação do The Stone of Madness lembra bastante obras como “O Nome da Rosa” ou, mais recentemente, “Conclave”, com seu clima de intrigas em um ambiente religioso recluso e cheio de mistérios. O mosteiro espanhol do século XVIII serve como um cenário rico em detalhes, reforçando a sensação de tensão e vigilância constante, onde cada passo pode significar a diferença entre escapar ou ser capturado.

Um dos pontos altos do jogo, no entanto, é seu sistema de gerenciamento. Durante o dia, os personagens exploram o mosteiro, enfrentando desafios e coletando recursos. Ao final de cada dia, eles são trancados em suas celas, mas podem realizar atividades para ajudar o grupo na manhã seguinte. Além disso, há um aspecto estratégico em escolher quais personagens levar em cada dia, já que suas habilidades individuais podem ser cruciais para o sucesso da fuga.

O padre pode usar bandagens para curar ferimentos, o artesão aproveita escombros para fabricar ferramentas útis, e a relojoeira acalma seus companheiros ao tocar violino e etc. Sem contar que, para cumprir as missões, é necessário obter ou comprar suprimentos através do mercado negro mantido pelos próprios guardas do mosteiro. Esse ciclo de planejamento e execução adiciona uma camada estratégica que torna a experiência gratificante.

Diferentes abordagens para um mesmo problema

Outro ponto que adiciona profundidade ao jogo é a possibilidade de resolver determinadas missões de diferentes formas. Por exemplo, em uma missão que exige expor um caso amoroso entre um frade e uma freira do convento, o jogador pode pressionar o frade até que ele confesse ou procurar cartas de amor que provem o relacionamento. Essa abordagem mais aberta aumenta a rejogabilidade, permitindo que cada partida tenha soluções distintas e incentivando a experimentação de diferentes estratégias.

Mais um ponto positivo são as animações de história, surpreendentemente bem feitas para um jogo de uma empresa desse porte. Elas dão mais peso narrativo às experiências dos personagens e ajudam a imergir o jogador no ambiente opressivo do mosteiro. Além disso, a localização em português é um diferencial bem-vindo, tornando a experiência mais acessível para um público mais amplo.

Infelizmente, o jogo, pelo menos no Nintendo Switch, também sofre com problemas técnicos que podem comprometer a experiência. Bugs que fazem o jogo fechar repentinamente são um dos principais problemas percebidos durante a jogatina, podendo atrapalhar o progresso do jogador em momentos críticos.

O sistema de sanidade e a psicofobia

Entretanto, The Stone of Madness apresenta problemas significativos, principalmente em sua abordagem do conceito de sanidade. O sistema de “Sanidade” pode ser visto como psicofóbico, pois reforça estereótipos prejudiciais sobre doenças mentais e neurodivergência. Isso, pois a noção de “insanidade” é um conceito historicamente carregado, associado a práticas opressivas e torturantes, como internação forçada e experimentações antiética.

A adoção desse conceito como uma mecânica central do jogo perpetua estigmas prejudiciais, pintando pessoas neurodivergentes como violentas, descontroladas ou perigosas. O jogo poderia ter optado por termos como “estresse”, “determinação” ou “resiliência” para uma denominação mais respeitosa. Não se trata de um problema na representação de personagens neurodivergentes em si, mas na forma como ela é conduzida.

Tendo dito isso, vale dar crédito ao jogo por uma área em que ele acerta: a representação de transtornos com especificidades distintas umas das outras. Durante minha experiência, um dos personagens desenvolveu uma condição que o tornava sensível a sons altos.

Quando ouvia ruídos intensos, como o sino do monastério, sua locomoção ficava temporariamente limitada. Essa abordagem ajuda a diferenciar neurodivergências em vez de reduzi-las a uma “insanidade” genérica, tornando a representação mais autêntica.

Uma experiência intrigante, mas com ressalvas

The Stone of Madness é um jogo ambicioso que acerta em muitos aspectos, mas tropeça em outros. Sua ambientação rica e mecânicas estratégicas proporcionam uma experiência envolvente para os fãs de stealth e gestão de recursos, e a possibilidade de diferentes abordagens para resolver missões adiciona um valor significativo à rejogabilidade.

No entanto, a forma como o jogo lida com o conceito de sanidade levanta questões problemáticas, reforçando estereótipos sobre doenças mentais. Apesar disso, há tentativas de diferenciar transtornos neurodivergentes, o que demonstra um certo cuidado na representação. Para aqueles que buscam um jogo de estratégia tática com uma atmosfera tensa e narrativa envolvente, The Stone of Madness pode ser uma experiência válida, desde que estejam cientes de suas falhas conceituais.

Pros:

  • Ambientação detalhada e imersiva;
  • Sistema estratégico envolvente, com planejamento diário e uso inteligente de personagens;
  • Missões com múltiplas abordagens, incentivando a rejogabilidade;
  • Animações de história bem-feitas para um jogo de estúdio de médio porte.

Contras:

  • Representação problemática do conceito de sanidade, reforçando alguns estereótipos prejudiciais;
  • Bugs que fazem o jogo fechar repentinamente.

Nota

8

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João Pedro Vale
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Quando não estou jogando J-RPG, estou mestrando RPG de mesa, falando de k-pop no twitter ou logando filme de terror gore no letterboxd
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