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Review | Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition

Luiz Estrella 09/04/2025

Desenvolvedora: Monolith Soft
Publicadora: Nintendo
Gênero: RPG, Ação
Data de lançamento: 20 de Março, 2025
Preço: R$ 349,00
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Nintendo.

Revisão: Manuela Feitosa

Confesso que a essa altura do campeonato, eu já tinha desistido de ver Xenoblade Chronicles X no Nintendo Switch. A Monolith Soft me parecia completamente focada na série numerada e a impressão que tive é de que X tinha ficado no passado. Além disso, é um jogo que considero tão complexo e que precisava de tantas melhorias, que eu já acreditava simplesmente não valer a pena o investimento de trazer ele para o híbrido da Nintendo.

Por sorte, eu estava errado, e no final do ano passado, a Nintendo anunciou de surpresa “Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition” para lançar bem no finalzinho da era do Nintendo Switch (1). De cara, fiquei curioso para saber quais foram as melhorias e como esse jogo gigante foi transportado para essa plataforma. Para minha surpresa, além das melhorias de um Remaster, a Monolith Soft ainda manteve a tradição e adicionou uma nova história inédita, algo que esse jogo precisava desesperadamente.

Sofri em muitos momentos com a versão do Wii U; tive uma relação de amor e ódio tentando entender como explorar esse mundo tão fascinante de Mira com tantas mecânicas complexas e tutoriais com letras minúsculas. Nessa análise, irei fornecer meu veredito sobre o trabalho que foi feito na versão do Switch, na expectativa que o game possa oferecer uma experiência menos problemática onde eu possa de fato me divertir sem amarras.

Instantaneamente interessante

Presta atenção nessa premissa: em um futuro não muito distante, o planeta Terra se encontra no fogo cruzado de uma guerra entre duas raças alienígenas. A tecnologia e o poderio militar desses seres é muito superior, e a Terra acaba sendo completamente destruída no processo. Por sorte, nações conseguem construir naves gigantescas, verdadeiras arcas, com um grande número de pessoas dentro, para escapar da destruição do planeta. Acompanhamos especificamente uma arca dos Estados Unidos, que consegue escapar e se estabelece no planeta Mira.

Vai dizer que não é um prato cheio para os fãs de sci-fi? Pois é, desde o anúncio para o Wii U, Xenoblade Chronicles X capturou a minha atenção na hora e isso não muda aqui no definitive edition. Além da premissa superbacana, o jogo traz um planeta alienígena gigantesco para você explorar, com fauna e flora totalmente “novas”. E a cereja do bolo? Entrega robôs voadores para que o jogador possa explorar esse mapa de uma perspectiva completamente nova.

São vários elementos que geram esse fascínio e essa primeira impressão positiva do jogo. Mas o curioso aqui é que o level design faz com que você trabalhe para conseguir o que você quer. Não dá para jogar Xenoblade Chronicles X se você não sabe o que está fazendo, e aí que entra esse “sofrimento” que citei no início do texto.

O que era Xenoblade Chronicles X

Levando em conta que o que temos aqui é um “Remaster”, é importante reiterar que o game, em essência, ainda é o mesmo. Xenoblade Chronicles X é uma espécie de “patinho feio” da franquia, sendo radicalmente diferente dos outros jogos e trazendo uma proposta muito mais interessada na livre exploração do que na progressão linear da história.

O interessante é que tudo isso ainda é feito nos moldes de um jogo da franquia, é como se a Monolith pegasse o primeiro Xenoblade e mudasse a “equalização” de algumas características do jogo. Dando um exemplo prático: a franquia sempre foi conhecida pela monstruosa escala dos seus cenários, mas apenas aqui em Xenoblade X você realmente pode explorar todo o mapa, sem fundos falsos e sem tela de carregamento, os cenários estão todos conectados em um gigantesco mapa aberto.

Então, claro, a exploração é potencializada como uma das grandes características do jogo. Porém, no departamento da história, pela natureza aberta, a narrativa também fica mais aberta e difusa. O conteúdo se espalha em diversas side quests que o jogador precisa fazer para descobrir mais sobre aquele mundo e as pessoas que ali habitam. Não há o foco e o protagonismo de poucos personagens como nos outros jogos; mesmo na história principal, os dramas não são necessariamente de 1 ser humano e sim de toda a humanidade (por mais que dramas pessoais ainda existam).

Por conta disso, o resultado é com certeza um Xenoblade diferente, o que pode pegar de surpresa alguns fãs mais antigos, mas a verdade é que com as expectativas certas, há muito a se admirar aqui. Um mapa bem desenhado e genuinamente divertido de se explorar, um sistema de combate que constantemente recompensa o jogador que se entrega ao game e uma construção de mundo riquíssima dentro de diversas side quest espalhadas pelo jogo.

Ainda é impressionante

Começando a nossa análise das mudanças por um viés um pouco mais estético, é surpreendente ver como os desenvolvedores conseguiram melhorar o visual de um jogo que já era deslumbrante no Wii U. Esse com certeza é o jogo da franquia que parece rodar com mais tranquilidade no Nintendo Switch; a resolução é sólida e entrega uma imagem muito mais nítida que Xenoblade 1, 2 e 3, e além disso, o que você vê e a distância e maneira que você interage com tudo é muito mais complexo.

Diferente de outros jogos da franquia que você só visualiza o cenário ao nível do chão, Xenoblade Chronicles X te leva aos céus, mantendo uma resolução e uma taxa de quadros por segundo completamente aceitável no híbrido da Nintendo. Às vezes ver tudo isso na tela parece até irreal.

Porém, esquecendo o misticismo, o que a Monolith faz aqui não é “magia negra”, na verdade é um uso muito inteligente dos recursos do console. Há uma ênfase considerável em como as coisas vão ser observadas à distância, com o escalonamento de resolução das texturas e a cuidadosa seleção do que deve aparecer quando você enxerga tudo de longe. O resultado são belíssimas vistas, de forma que o jogo sempre parece visualmente interessante enquanto você explora. Cada árvore, cada montanha, até mesmo os inimigos, parecem cuidadosamente posicionados dentro daquele cenário.

É tão bem feito que você nem nota se a sombra não está parecendo ou se a iluminação não é tão complexa. O jogo consegue “distrair” o jogador mostrando o que ele faz muito bem. Uma das melhorias mais notáveis é que os personagens ganharam “rostos” novos, semelhante ao que foi feito na edição definitiva do primeiro Xenoblade. O resultado são personagens mais atraentes e uma percepção de melhoria visual geral durante as cenas.

Claro que nem tudo é perfeito e alguns detalhes mostram a idade do game, principalmente em certas cenas. Os momentos de diálogo têm animações bastante simples e normalmente os personagens são “rígidos” na sua movimentação. Há algumas cenas com animação primorosa na história principal, mas com certeza são a minoria.

Entenda que, isso não é nada que prejudique a experiência consideravelmente. O fato é que com o investimento provavelmente tímido que a franquia Xenoblade deve receber por conta das vendas, tudo aqui ainda é muito acima do esperado e uma prova da competência do time da Monolith Soft.

Ainda é complicado, mas muito melhor

Esse game tem uma burocracia muito inesperada. As primeiras horas de jogo lembram muito um primeiro dia de emprego, todo mundo vai explicando o que você faz ali, quais são suas obrigações, de um jeito bem padronizado e o estranho é que nada parece muito divertido. É meio realista nesse sentido porque de fato a situação não é nada divertida. O problema é que demora um pouco até a coisa pegar jeito e você entender como as muitas mecânicas do jogo operam.

Há um esforço notável da Monolith Soft para tentar deixar tudo mais tranquilo. O sistema de field skills que impedia você de abrir tesouros foi descartado, tornando a exploração mais prazerosa. A nova UI é bem mais organizada, principalmente na hora das batalhas, o jogo original era recheado de textos minúsculos que dificultavam a leitura até mesmo na TV. O sistema de acompanhamento das missões também está muito melhor, o que é superimportante aqui já que você sempre está fazendo mais de uma missão ao mesmo tempo. O simples fato de você ter um menu em que pode selecionar quais personagens ficarão no seu time muda muito a dinâmica do jogo (antes você precisava encontrar o personagem no mapa para recrutá-lo).

São algumas mudanças simples, mas muito bem selecionadas para melhorar a experiência do jogador sem desfigurar o game original. No geral, posso separar dois elementos que foram os mais beneficiados com essas mudanças: ritmo de jogo e diversão.

Quando me refiro ao ritmo de jogo, falo do loop viciante de pegar várias quests na cidade e depois sair pelo mapa explorando e completando objetivos. Você começa tranquilo e quando vê já perdeu mais de 4 horas apenas fazendo missões e instalando pobres (sistema que “libera” o mapa). É meio viciante mesmo e dá para ficar horas sem progredir na narrativa principal, mas ainda aproveitando as histórias do mundo do jogo graças à diversas side quests.

Muito disso se deve a um ótimo design de mapa; não só as vistas são interessantes de se observar, mas tudo é bem pensado para incentivar a exploração. O jogador sempre quer ver o que tem adiante e é constantemente surpreendido, seja com algum tesouro ou com um inimigo em um nível muito mais alto que o seu. Explorar esse mapa seja a pé ou com um Skell (nome oficial dos robôs) é bom demais.

Bom, diversão? Aí estou me referindo principalmente ao combate. Nessa área, talvez os tutoriais ainda pudessem ser melhores, mas assistindo alguns vídeos na internet fui descobrindo como deixar o jogo genuinamente divertido. A questão é que Xenoblade Chronicles X praticamente quer que você quebre o sistema do jogo, tentando ao máximo causar muito dano. A nova mecânica “quick cooldown” é perfeita para “quebrar” o jogo, funcionando em conjunto com Overdrive de maneira magnífica. Basicamente, cumprindo algumas exigências, você consegue usar repetidas vezes os ataques especiais chamados de “Arts”, e sabendo a ordem certa para usá-los, não há inimigo que possa suportar a multiplicação de dano que você vai gerar.

Aém do combate, o jogo também traz um novo Skell que praticamente se transforma em uma aeronave supersônica e permite explorar Mira de uma maneira ainda mais divertida e rápida. Como é possível isso rodar no console? Bom, essa resposta vou ficar devendo.

Um merecido complemento

A história principal de Xenoblade Chronicles X não é de todo ruim, e em outra franquia talvez fosse até considerada uma boa história, com algumas surpresas interessantes e personagens razoáveis. A questão é que comparado aos outros jogos, aqui parecia que o diretor Tetsuya Takahashi não tinha conseguido repassar tudo que gostaria.

Desenvolver um game não é fácil, é natural que durante o processo prioridades tenham que ser definidas, e me parece aqui que a história principal acabou ficando em segundo plano. O principal ponto negativo para mim são os personagens; é tão gostoso conhecer os personagens e suas características únicas em um JRPG, mas Xenoblade Chronicles X acaba trazendo pouco desenvolvimento pessoal para os seus protagonistas. O próprio avatar principal mudo é uma tela em branco para que o jogador possa se projetar ali, com inclusive escolhas de diálogo para que ele possa se expressar, porém raramente há uma conversa com profundidade o suficiente para que o jogador possa contribuir para o desenvolvimento dos outros personagens.

Também tenho alguns problemas com a direção das cenas no geral. Um dos pontos interessantes da apresentação do game é a trilha sonora do lendário compositor Hiroyuki Sawano, famoso por seu trabalho no mundo dos animes. Infelizmente, em alguns momentos parece que as músicas são mais épicas do que a história, com cenas simples de diálogos sendo acompanhadas de canções muito mais interessantes do que o que está sendo discutido ali.

As “Affinity quests” acabam trazendo um pouco mais de desenvolvimento para alguns personagens selecionados, o que mais uma vez reforça a natureza difusa do jogo, espalhando os detalhes fora da história principal para que o jogador possa ir atrás desse desenvolvimento.

Com tudo isso em mente, o novo capítulo acabou atendendo muito do que senti falta no jogo base. Tudo já começa muito bem com a introdução de um novo personagem totalmente desenhado para ser carismático, entrando muito bem na história para “quebrar” a rigidez e o militarismo dos diálogos. Essa nova figura consegue especificamente trazer mais desenvolvimento para os personagens principais: Elma, Lin e o próprio avatar do jogador.

Fiquei surpreso com algumas cenas de diálogo que pareciam vir dos outros jogos de Xenoblade, com personagens se abrindo sobre seus sentimentos e tendo conversas sinceras sobre tudo que passaram dentro daquele planeta.

Claro que há pouco tempo para resolver muita coisa, então o capítulo não consegue solucionar todos os problemas do jogo base em relação à história, fora isso, me parece que Tetsuya Takahashi de 2025 não está interessado nas mesmas coisas que a sua versão de 2015, então alguns pontos da história original são deixados de lado em detrimento de novas ideias.

Sei que alguns fãs mais puristas do jogo original de Wii U ficaram um pouco chateados com algumas decisões, mas honestamente? Saí bastante satisfeito, o novo final é uma bomba de emoção muito mais intensa que o final original e apesar de ainda deixar alguns mistérios em aberto, parece muito mais ser, de fato, uma conclusão.

O benefício de revisitar

Tive inúmeras dificuldades jogando Xenoblade Chronicles X no Wii U há 10 anos, inexperiente em Xenoblade e em JRPG’s no geral, fui engolido pelas mecânicas e tutoriais do jogo. É uma sorte imensa poder revisitar essa experiência agora como um jogador mais preparado e um grande fã dos trabalhos da Monolith Soft.

Não há outro jogo que eu tenha jogado que seja como Xenoblade Chronicles X, seja nos aspectos bons ou nos ruins a experiência é única. Amei o jogo muito mais nessa nova experiência, ainda tive algumas dificuldades em entender tudo, claro, mas saio convencido de que muitas questões aqui mantidas são essenciais para fazer o jogo ser o que ele é. Tudo que ele pede é que você entre de cabeça na experiência e busque explorar o planeta Mira ao máximo.

Sinto que escrevi bastante, mas ainda encostei apenas na superfície do que é este game. Mas o que quero que você saiba de essencial é: as mudanças, as novas quests e o novo capítulo são cirurgicamente precisos como a Monolith Soft tem sido nos últimos anos: trazendo as melhorias necessárias para uma gameplay tranquila e melhorando os aspectos técnicos. Saio satisfeito com esse relançamento mas também ansioso para ver o que as habilidosas pessoas dentro desse estúdio irão nós entregar no Nintendo Switch 2.

Pros:

  • Apresentação visual impressionante se mantém e ainda recebeu melhorias nessa remasterização;
  • Melhorias de gameplay cuidadosas deixam a experiência menos estressante e mais divertida;
  • Nova história entrega jornada emocionalmente mais forte que o jogo base com um final satisfatório;
  • Missões secundárias seguem como o ponto forte do jogo oferecendo ótima construção de mundo.

Contras:

  • Problemas de tutorial e complexidade das mecânicas ainda persistem e podem ser um impedimento para jogadores que não queiram dedicar tanto tempo aos sistemas do jogo;
  • História da campanha original não tem tanto desenvolvimento para os personagens e sofre com diálogos desinteressantes.

Nota

9

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Amo música, arquitetura, cinema e gosto um pouquinho de jogos da Nintendo, ao ponto de ter um canal no YouTube só pra falar disso.
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