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Review | Rune Factory: Guardians of Azuma

Marcos Vinícius 02/06/2025

Desenvolvedor: Marvelous
Publicadora: Marvelous USA
Gênero: RPG de ação, Social/Farm Sim
Data de lançamento: 05 de junho, 2025
Preço: R$ 239,99
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela Marvelous USA.

Revisão: Ivanir Ignacchitti

A dança é uma forma de expressão abrangente que vai muito além do corpo em movimento. É uma arte multifacetada que atravessa culturas, religiões e a forma como podemos expressar nossos sentimentos. Mas, para um Earth Dancer, a dança é um ritual de purificação da terra para trazer prosperidade à natureza em respeito aos deuses.

Rune Factory: Guardians of Azuma se apropria do xintoísmo e do folclore japonês para criar um mundo que ressignifica Rune Factory, mas ainda mantendo a sua essência de corpo e alma. Como um spin-off (talvez?), ele se permite tais mudanças, embora não precisava se dar o luxo de ser tão ambicioso; mas ele o fez e dá a nós, fãs, um vislumbre do potencial que a série pode atingir com um orçamento bem aplicado e boas ideias que fogem do conformismo.

Para os que moram numa caverna, saibam que Rune Factory derivou-se de STORY OF SEASONS para depois se tornar independente dele. Sua premissa gira em torno de você ser um herói predestinado, mas que ainda tem tempo para se preocupar com problemas mundanos em uma experiência de jogo que une, de um lado, a emoção da aventura de um RPG japonês e, de outro, a sensação de aconchego e despretensiosidade da vida cotidiana, na qual você cuida de uma fazenda e interage com um elenco afável e reconfortante.

Antes de continuar, recomendo fortemente ler minhas análises de Rune Factory 3 e Rune Factory 5 para entender melhor a lore e o misticismo que Rune Factory trabalha para entender certos tropes dessa nova entrada:

Rune Factory 3 Special levará o jogador da pacatez acolhedora da fazenda a fantástica aventura das dungeons, tudo isso com muito carisma e aconchego.


Viva uma nova vida em Rigbarth — uma sossegada cidade abençoada pela natureza — enquanto trabalha como guarda para proteger seu povo de monstros desordeiros.

Trazendo Azuma à sua glória natural

Outrora uma terra rica e abençoada pelos deuses, o país Azuma foi tomado pela Praga em decorrência do Colapso Celestial, que tirou toda a beleza das quatro estações e deixou o solo infértil, consequentemente fazendo com que os deuses das estações desaparecessem. Muitas décadas depois, somos apresentados a um Earth Dancer cujo dever é trazer de volta a prosperidade de Azuma, purificando o solo degradado e os supracitados deuses usando os Tesouros Sagrados concebidos a você.

Na pele de Kaguya ou Subaru, os protagonistas da trama, você é um herói viajante e amnésico que conta com a ajuda de seu pequeno parceiro Woolby para realizar seus deveres como Earth Dancer. Mas o que diabos temos que fazer? Um Earth Dancer tem um papel semelhante a um Earthmate da série Rune Factory, que são mortais especiais que podem se comunicar com a terra e toda a vida sustentada por ela. Neste caso, os Earth Dancers também se comunicam com os deuses e podem utilizar os Tesouros Sagrados.

Neste contexto, viajamos pelos vilarejos sazonais para limpá-los e reviver seus respectivos deuses na esperança de acabar com a malícia do Colapso Celestial. Você também é convidado para liderar estas aldeias em uma espécie de projeto de reabilitação, já que os moradores se mostram incapazes e as divindades não podem trazer a abundância novamente. Portanto, se já não bastasse ser herói, tem que ser prefeito e o protagonista apenas assume as responsabilidades por puro altruísmo — é aquilo, todo dia um ótario e um malandro saem de casa…

Enredo resumidamente explicado, o que posso dizer para a narrativa de Guardians of Azuma é que não existe nada de especial nela e, olha, está tudo bem. Nada do que é abordado aqui foge da base de “Jornada de Herói”, porém ele é muito bem condensado, de progressão cadenciada e mais linear para Rune Factory — que normalmente depende que eventos sejam acionados na simulação social para dar andamento na narrativa.

No entanto, como é de se esperar de jogos que usufruem de um design narrativo linear, barrigas desnecessárias de late-game são usadas para prolongar a chegada do clímax, portanto, esteja preparado para isso. Contudo, Rune Factory, ao meu ver, é bem mais sobre seu world-building, a lore e a interação com os personagens que compõem o seu mundo. A história existente está longe de ser desinteressante, mas você pode encontrar um bom equilíbrio entre ela e os demais sistemas de jogo, o que para mim é o ideal a se fazer em vez de se focar totalmente na narrativa.

Amor à primeira dança

Antes de falar sobre as seções de combate e exploração de Rune Factory: Guardians of Azuma — que, pasmem, fãs de Rune Factory nem devem ligar tanto pra isso —, eu gostaria de elaborar os segmentos de simulação que dão a identidade à franquia mas que aqui tiveram melhorias significativas.

Para o fator social, Guardians of Azuma apresenta um elenco de personagens que inclui 12 opções românticas: 6 solteirões e 6 solteironas. Além deles, como de praxe da série, temos um elenco à parte de NPCs interativos que não estão catalogados para potencial de namoro, mas que estão ali para tornar o aspecto social mais vivo e realista, mantendo o jogador imerso naquele mundo. Todos eles possuem rotinas diárias, lugares que costumam ir, gostos pessoais e personalidade acima de tudo.

Um bom Social Sim precisa trabalhar camadas individuais em cima de estereótipos para que o jogador tenha opções que ele julgue interessante explorar. No Japão, existem preceitos de tipo de personagem que obras de anime e mangá usam como base na construção de seus indivíduos (tsundere, kuudere, dandere, etc.). Não é tão diferente nos jogos orientais, no entanto, aqui existe a liberdade de trabalhar mais este fator colocando nuances que o jogador pode descobrir através de seções de diálogos ou side-quests.

Guardians of Azuma muda dramaticamente a forma como nos envolvemos com seu elenco se comparado com entradas anteriores. Ele permite que você “passe um tempo” com um personagem através de breves dates e diálogos ou ao presenteá-los afim de subir seu Bond Level. Você terá acesso ao perfil de cada potencial pretendente com informações úteis que são de seu interesse, além de estatísticas que mostram o nível de intimidade, preferências (o que gosta, o que odeia, etc.) ou qualquer outra coisa que se beneficie de seus laços.

Subindo o Bond Level, você poderá realizar as Bonding Quests que trazem momentos de vida cotidiana entre vocês, concluindo-as para aumentar o nível de intimidade. Claro, tudo isso culmina no momento de você pedir a mão da pessoa em casamento, mas fique tranquilo se sua preocupação é ter mais de um pretendente à disposição, pois o Rune Factory: Guardians of Azuma oferece um recurso inédito de “Rewoven Fates”, permitindo que você explore vários romances sem precisar jogar a campanha inteira novamente.

Modernizar a simulação social de Rune Factory é crucial para manter os fãs interessados neste aspecto na série, que, pasmem, é a parte que mais importa pra maioria. Não apenas o sistema parece “novo”, como a atuação e feições dos personagens saíram da barreira do baixo orçamento que permitia apenas reações limitadas de um PNG na tela. Claro, não está perfeito e ainda tem espaço para aprimoramentos, como, por exemplo, os gestos e poses limitadas demais para os modelos 3D, mas já está muito bom só por tentar não parecer rudimentar.

A arte de saber esperar

Você gosta de simulador da fazendinha por causa de Stardew Valley, eu gosto de fazendinha por causa de Rune Factory e STORY OF SEASONS. Não, nós não somos iguais.

Limpar as terras de Azuma a tornará apta novamente para a prática de cultivo, um contexto plausível para você levantar as mangas e conhecer a alegria do resultado do esforço braçal. Mas na qualidade de chefe de aldeia, você pode fazer a economia andar contratando mão-de-obra para automatizar grande parte do trabalho enquanto você está ocupado desvendando os segredos do Colapso Celestial.

Em Rune Factory: Guardians of Azuma você terá que cuidar de múltiplas fazendas em regiões diferentes e isso justifica a parte de simulação implementar elementos de gerenciamento. Para o fazendeiro boomer que quer fazer tudo do seu jeito e acha que automatizar tira toda a magia, tudo ainda pode ser feito de forma metódica e manualmente por você se preferir. Só estou dizendo que, para um jogo que brinca com aspectos de jogo diferentes, Guardians of Azuma encontrou uma forma em que o jogador pode definir um foco de suas atividades sem ter um grande senso de responsabilidade sobre algo que ele não curta tanto.

Outra coisa interessante neste sistema de jogo é que alguns dos tesouros sagrados servem como facilitadores para o farming. O Sacred Drum de Ulalaka por exemplo, emite uma onda sonora que fertiliza o solo e acelera em um estágio o processo de crescimento das plantações. O Sacred Fan do Kurama faz a colheita em massa ao soprar uma rajada de vento, enquanto o Sacred Parasol do Fubuki molha o solo em grande área de uma só vez.

Entre outras mecânicas do sistema de farming, existe uma customização de cenário robusta para que você deixe a sua fazenda no estilo que preferir, alocando instalações, elevados ou lagos, expandindo o solo para plantações, decorando com estátuas, espantalhos e outros elementos que façam sentido. Tudo isso que citei, desde o fator gerencial ao personalizável, é uma novidade em Rune Factory que só agrega a experiência, deixa a atividade mais complexa e à disposição da criatividade do jogador.

Eu realmente não vejo nada disso sendo descartado no Rune Factory 6, portanto, espero que tanto a parte de simulação social quanto a de farming sejam perfeitamente adaptadas nas próximas entradas.

Purificando de dentro pra fora

Eu já disse que viajar por toda Azuma para erradicar a Praga é a sua obrigação como Earth Dancer, certo? Durante a jornada, o jogador terá um vislumbre de biomas ricos e detalhados que cruzam as estações do ano, trazendo um forte apelo cultural ao remeter ao Japão feudal em cada uma das composições. Você irá lembrar de animes históricos que retratam este período, como Inu-Yasha e The Elusive Samurai.

Mas, para tornar a exploração mais do que paisagismo barato, Rune Factory: Guardians of Azume oferece áreas abertas e extensas com progressão baseada no uso dos supracitados tesouros sagrados. A Praga se alastra por pontos diferentes dos mapa, normalmente bloqueando passagens, mas livrar-se dela depende do uso desses objetos divinos que são obtidos durante o andamento da narrativa. Pode-se dizer que estes tesouros são a gimmick príncipal do jogo em termos de gameplay.

Se comparado com o sandbox vazio e sem graça de Rune Factory 5, aqui o capricho é notável, não apenas visualmente, mas na forma como o jogo quer nos incentivar a vasculhar cada canto. No mapa, haverão pontos corrompidos que precisam ser purificados e, no caminho, você pode encontrar estátuas e templos com receitas de pratos tradicionais da culinária deste período para cozinhar ou armaduras e acessórios para forjar. Isso quando você não encontrar uma fonte termal secreta para se curar ou um vendedor cheio de itens raros.

Para o combate, as coisas também mudam da água pro vinho. Elementos rudimentares e subdesenvolvidos de um combate de ação arcaico vindo dos jogos de portáteis de Rune Factory ganham aprimoramento evidente nesta entrada, que, embora não inove, fica a par com o que os jogos modernos do gênero oferecem. Guardians of Azuma ainda parece um pouquinho com seus antecessores, porém menos desengonçado de aplicar os golpes e mais ágil e precisamente afiado como um jogo da franquia Ys.

O jogador tem em mãos opções de armas brancas aprimoráveis a seu dispor, além de armas secundárias para alternar o estilo de combate como arco e flecha e talismãs. Como de praxe na série, o uso destes equipamentos contra os inimigos é fácil de aplicar e mesmo os combos até uma criança consegue fazê-los ao apertar sucessivamente o mesmo botão. Guardians of Azuma também introduz um tipo de esquiva que, se bem sucedida, deixa o tempo momentaneamente mais lento para o adversário para que você o puna com sessões adicionais de combos de ataque.

Ah, os Tesouros Sagrados se tornam uma terceira opção de arma de combate aplicando bom e velho conceito de vantagem e fraqueza elemental sobre os inimigos, além de algumas poderem servir como suporte. Através destes mesmos tesouros, o jogador pode gastar uma barra de energia para performar um ataque supremo, uma Divine Stance, com base no tesouro sagrado que está segurando.

Olha, eu admito que o combate de Guardians of Azuma não reinventa a roda e parece básico demais. Eu reconheço isso. Só que estou levando em consideração o quão melhorado ele se tornou em relação à série e o quão bem ele fez isso a ponto de se tornar verdadeiramente divertido e nisto ele me parece genuíno. Não só o sistema de batalha, mas a exploração está muito bem feita, novamente, em contraste com seu antecessor.

Recebeu a benção dos deuses

Rune Factory: Guardians of Azuma é a evolução da franquia que eu esperava durante a transição de portátil para console de mesa que Rune Factory 5 foi mal-sucedida em fazer. Explorar os belos cenários de Azuma foi divertido e instigante, embora eu acredite que ele brilhou mais nos aspectos de simulação.

Administrar suas fazendas em vilarejos diferentes foi possível graças ao fator gerencial aplicado, que deixou certas etapas do farming mais automatizadas enquanto ainda mantém a autonomia do jogador para realizar as atividades manualmente quando for conveniente. O Social Sim completamente reestruturado traz um viés progressivo através de estatísticas mais precisas e recompensa o jogar por se esforçar em crescer seus laços com seus pretendentes. Esta combinação de Farm e Life Sim que Rune Factory traz no role-playing não apenas difere ele de muitas franquias populares de JRPGs como colabora para uma experiência relaxante autêntica de um bom cozy game.

Guardians of Azuma correspondeu em muito minhas expectativas e acredito que está na direção certa para tornar Rune Factory uma franquia próspera e acessível mas sem deixar de ser o que é. Uma aventura apaixonante ao vento das quatro estações espera por você!

Pros:

  • Construção de mundo de fantasia oriental é rica em detalhes mas sem perder identidade da série;
  • Elenco colorido, divertido, e singular colabora para um fator social interessante de se explorar;
  • O Farm Sim é expandido com fator gerencial significativo que só melhora a experiência;
  • Combate e exploração aprimorados trazem ar fresco para a série.

Contras:

  • O design de som é fraco, com músicas de ambiente e de combate que se repetem;
  • Não tem abertura de anime.

Nota

9,5

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