Desenvolvedora: Code Mystics
Publisher: SNK
Data de lançamento: 30 de outubro, 2020
Preço: USD$ 7,99
Formato: Digital
O Nintendo Switch atualmente é a plataforma perfeita para jogos retrô, e entre o vasto catálogo de jogos temos presença de franquias da SNK. De fato a SNK tem explorado bastante este nicho na plataforma híbrida, tanto que este ano ela inaugurou o “Neo Geo Pocket Color Selection”, um selo dedicado à relançamento de seus títulos clássicos do portátil de 16 bits da sexta geração de consoles. Dos títulos disponíveis no Nintendo Switch, temos SNK Gals’ Fighters (com análise disponível no site), King of Fighters R-2, Samurai Shodown! 2, e o mais recente lançamento The Last Blade: Beyond the Destiny, este último no qual será o destaque de minha análise.
Encerrando-se a introdução, vamos falar da versão portátil de The Last Blade emulada oficialmente no Nintendo Switch.
Junte-se a Kaede em sua aventura pelo Japão mitológico do período Bakumatsu
Os eventos de The Last Blade se passam em um Japão fantasioso baseado no período Bakumatsu, que foi uma era de transição para o Japão que aboliu sua politica de isolamento do resto do mundo e os japoneses precisaram se adaptar à estas mudanças com a chegada de estrangeiros. A versão de Neo Geo Pocket Color é uma mescla de The Last Blade original e The Last Blade 2, onde o primeiro jogo segue as aventuras do jovem Kaede que sai numa jornada ao lado de sua irmã Yuki em busca de respostas acerca do assassinato de seu mestre/pai, enquanto sua sequência, The Last Blade 2, dá prosseguimento aos eventos de seu antecessor. The Last Blade: Beyond the Destiny é uma mescla de ambos e, mesmo que seja um jogo de luta, ele tem um grande foco na história, então estaria dando spoiler se eu continuasse falando do tópico.
Uma ótima conversão de The Last Blade para portátil
Embora os jogos de luta feitos para portáteis da época acabem não tendo uma boa conversão devido a fatores como limitação do poder do hardware e pouca quantidade de botões, The Last Blade do Neo Geo Pocket Color cumpre o seu papel com excelência. Claro, isso se deve ao fato de estarmos falando de um jogo feito por uma das maiores desenvolvedora de jogos de luta, a SNK. Embora pareça de certa forma “capado” em relação às suas versões de arcade no qual se baseia, The Last Blade: Beyond the Destiny ainda é um jogo de luta completo. Ele oferece um ampla variedade de personagens jogáveis, sendo nove disponíveis desde o começo e outros cinco desbloqueaveis, quatro modos básicos de jogo e um Gallery Mode podendo ser desbloqueado – no Gallery Mode você gasta pontos que adquire na campanha com Scrolls que inclui ilustrações sobre os personagens do jogo, bem como dois minigames chamados “Mukuro’s Great Escape from Hell’s Gate e “Juzo Kanzaki’s Home Run Competition”, mas eu não irei entrar em detalhes desses extras.
Jogabilidade
Partindo para a jogabilidade, ao selecionar seu personagem você pode escolher entre dois estilos de habilidade: Power ou Speed. No Power, o personagem difere ataques mais poderosos no adversário, porém sua movimentação é mais lenta, você também pode executar golpes exclusivos neste estilo. Já o Speed, como o nome sugere, tem seu foco na agilidade e permite executar combos com mais facilidade, no entanto o dano que o adversário recebe é menor. Você precisará descobrir por si só qual estilo se adequa mais você, pois no meu caso utilizei Kaede em todo o modo história usando o estilo Speed para prensar o inimigo e executar séries de combos com facilidade.
Já que falei em combos, você deve se perguntar qual a complexidade deste jogo se estamos falando de um título portátil com apenas dois botões de ação e um direcional digital e outro analógico, certo? Por incrível que pareça, em The Last Blade: Beyond the Destiny é possível executar uma série de comandos mesmo com a pouca quantidade de botões, no entanto ele é um jogo sobre combate técnico onde você precisa agir no momento certo já que o grande dano que leva pode fazê-lo perder a luta em segundos. Porém, para jogar basicamente utiliza-se um dos botões de ação combinando os direcional para realizar os golpes. A diversidade de personagens também é algo se prestar a atenção, pois você lutará com personagens que usam armas brancas como lança e espadas, mas tem aqueles que lutam com artes marciais, cada um com seu padrão de movimentos.
Caso não saiba os comandos, há um manual virtual no jogo ensinando os movimentos básicos e os mais complexos de cada personagem do jogo, embora minha critica em relação a estes comandos é que eles não são precisos e com padrões difíceis de decorar, então será necessário investir tempo para estar no mínimo decente durante as lutas. Uma dica é passar um bom tempo no modo de treino pois se não levará uma surra no modo história mesmo na dificuldade normal.
Conclusão
The Last Blade: Beyond the Destiny é uma ótima adaptação da série The Last Blade para portáteis. Lança-lo no Nintendo Switch, mesmo tendo The Last Blade 1 e 2 através da linha Arcade Archives, não o torna dispensável pelo fato de ser uma experiência totalmente distinta das versões no qual ele se baseia. O preço acessível também torna um ótimo aperitivo para fãs de jogos de luta e principalmente fãs das franquias da SNK, embora não seja um jogo que posso recomendar a nível competitivo, já que ele mostra a sensação de ser lento e a demora de resposta dos comandos pode lhe frustrar. Mas no geral, The Last Blade: Beyond the Destiny é um ótimo jogo retrô de luta para portáteis e uma ótima emulação para o Nintendo Switch.
Assim como os títulos do Neo Geo Pocket Color disponível no híbrido, The Last Blade: Beyond the Destiny funciona via emulação, mas é adaptado para que a visão da tela original do portátil funcione de maneira confortável quando está jogando na TV ou no modo portátil podendo ajustar o zoom. Você pode também mudar o leyout de apresentação em volta da tela e há funções exclusivas como o “Rewind” que pode voltar alguns segundos para que você possa corrigir algum movimento – esta é a melhor arma para jogadores iniciantes ou quem simplesmente joga jogos de luta de forma casual. É possível também jogar The Last Blade em um modo Vs local dividindo o Joy-Con com um amigo.
*Análise feita com cópia fornecida gentilmente pela SNK.
Avaliação: 8
1 – Melhor vomitar do que jogar isso.
2 – Só se você quiser muito mesmo testar o jogo.
3 – Vai fazer outra coisa.
4 – Dá pra jogar no banheiro ou esperando o dentista.
5 – Só jogue se você for MUITO fã mesmo…
6 – Jogo legal pra se divertir e se distrair.
7 – Jogo divertido, mas não é nenhuma obra de arte.
8 – Jogo bom, vale bem seu tempo e dinheiro!
9 – Jogo excelente que vai deixar uma marca em você!
10 – Jogo obrigatório!