Skip to content
  • Twitter
  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube
  • Spotify
NintendoBoy

NintendoBoy

Niche Games on Nintendo Consoles

  • Notícias
    • Indústria
      • Nintendo Switch
    • Entretenimento
    • Nintendo 3DS
    • Wii U
    • Mobile
  • Artigos
    • Entrevistas
  • Review
    • Preview
  • Guias
  • Listas
  • RetroBoy
  • TCG
  • Entretenimento
    • Filmes
    • Anime
  • Redação
    • FALE CONOSCO
    • Portfólio
  • Indie
  • Nintendo Switch
  • Original
  • Review

Review | UNSIGHTED

Unsighted é uma complexa obra derivada de muitas influências
Patrick Pinheiro 30/09/2021

Desenvolvedora: Pixel Punk
Publicadora: Humble Game
Data de lançamento: 30 de Setembro, 2021
Preço: R$ 82,50
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela Humble Games.

É bem comum na indústria do entretenimento se deparar com obras que sejam inspiradas por diversas fontes. Os principais títulos originais da Netflix, por exemplo, são produzidos em cima de tudo o que funcionou na cultura pop durante os anos 1980 e 1990. É como se diz popularmente; nada se cria, tudo se copia — e não há mal algum nisso, afinal de contas, nós procuramos sempre passar o nosso precioso tempo com algo que nos identificamos.

O atual momento da indústria dos games é de pouca efervescência de novos gêneros. Por isso não é raro algum novo anúncio ser comparado a grandes títulos já consagrados ou ser categorizado em algum sub-gênero É Inegável que seguir certos padrões tornou-se uma tendência no desenvolvimento de jogos — o que não significa uma tendência de jogos genéricos, mas sim experiências similares em diversos títulos.

Imagine o que seria então uma obra que bebesse da fonte do game design de The Legend of Zelda, com a ambientação de Super Metroid, o combate de Dark Souls e ficção científica à la NieR: Automata. O resultado é exatamente Unsighted, um RPG de ação que mescla diversas influências de forma simples e orgânica, além de contar com uma apresentação em pixel art de cair o queixo. Embora tantas inspirações sejam notáveis a todo o momento, ainda assim é possível encontrar bastante personalidade e brilho próprio aqui.

Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Pixel Punk, Unsighted é ousado e busca quebrar muitos padrões além do gameplay: representatividade de minorias, opções de acessibilidade e protagonismo feminino são apenas alguns dos diversos exemplos que podemos citar. O que já considero um grande mérito e ressalto que esse objetivo é alcançado com sucesso, uma vez que o produto final apresenta muita qualidade.

Uma corrida contra o tempo

A deliciosa sensação de descoberta está presente em Unsighted desde o primeiro minuto. A aventura começa em um laboratório abandonado e coloca o jogador no controle de Alma, uma poderosa andróide de combate que acorda de um longo sono sem se lembrar de nada. Sem pegar na sua mão, o jogo te faz entender como sair deste local sem oferecer nenhuma dica. Após encontrar um meio de escapar daquele laboratório, um mundo em ruínas dominado por robôs hostis é apresentado ao jogador.

A narrativa se desenrola a partir do momento que é revelada a causa da grande catástrofe que resultou na destruição do mundo: Todos os robôs não possuíam consciência própria, até a chegada de um cristal extraterrestre no planeta Terra. Esta pedra preciosa contém uma substância chamada Anima, que dá vida a todas as máquinas, tornando-as humanizadas, com sentimentos e desejos próprios. Apesar desse estranho evento, tudo estava em paz, humanos e máquinas viviam em harmonia. 

Até que, por alguma razão misteriosa, os humanos decidiram selar o grande cristal com uma torre mecânica, causando escassez de Anima no mundo. Esta manobra resultou em um colapso nas máquinas. Todos os robôs que ficaram sem Anima perderam suas consciências e tornaram-se Unsighteds, ou seja, máquinas que atacam qualquer ser vivo até a morte. Além disso, os humanos entraram em guerra com os demais androides que sobreviveram, os que ainda contam com pouca quantidade de Anima, ou seja, com o tempo de vida limitado. 

Todos os personagens possuem o seu tempo de vida contado, inclusive a nossa protagonista. Caso a quantidade de Anima se esgote em qualquer amigo ou conhecido, ele se tornará uma máquina hostil e sem consciência para sempre. Por sorte ainda há alguns depósitos com Poeira do Meteoro, que estende a vida em 24 horas. O jogador pode escolher se vai dar este tempo para si mesmo ou para algum NPC.

É muito importante refletir bem em quais personagens secundários você deseja investir, pois cada um poderá ajudá-lo de diferentes formas à medida que o seu nível de relacionamento com os mesmos aumenta. Certos NPCs, por exemplo, darão mais descontos em itens de loja, armas ou upgrades de ferramentas. É possível também sacrificar o tempo de certos personagens para aumentar o tempo de Alma. 

O gerenciamento do tempo pode ser um ponto controverso, uma vez que Unsighted é um título de exploração e aventura. Limitar o tempo pode causar frustração em quem gosta de apreciar cada área do mapa, mas por outro lado, essa limitação é um desafio a mais para ser superado. Felizmente há diversas opções de acessibilidade e dificuldade, uma delas permite que o tempo passe mais lentamente ou até aumenta as horas de todos os personagens, permitindo que se aproveite a aventura com mais calma.

A missão principal de Alma é reunir os cinco fragmentos do Cristal, que estão em áreas específicas do mapa, para construir uma lâmina poderosa o suficiente para entrar na torre que selou a fonte de todo o Anima. Ao mesmo tempo que a nossa protagonista descobre mais sobre si mesma e seu passado, antes de toda a calamidade ter acontecido.

Jogue do seu próprio jeito

Liberdade. Talvez esta seja a palavra que melhor define a experiência que Unsighted proporciona ao jogador. Apesar de existir uma ordem para progredir na história, você pode completar os estágios na ordem que desejar. Além de poder resolver os puzzles com mais de uma forma, derrotar os adversários com diferentes estratégias, etc.

Assim como nos jogos Souls, você recebe parafusos após derrotar inimigos. Com estes, é possível comprar armas, melhorar os equipamentos ou atributos de Alma, com o diferencial que em vez de escolher pontos de força ou velocidade específicos, aqui você desbloqueia espaços para equipar chips de melhorias. Assim, é permitido alterar a sua composição de acordo com a sua necessidade. Por exemplo, quando for precisar de mais força, equipe chips de ataque, e assim por diante.

Além disso, há um rico sistema de criação de itens — no estilo Minecraft. O curioso é que todas as armas e itens do jogo podem ser criadas a partir de receitas, entretanto, ainda é possível construir qualquer item se o jogador souber os componentes por conta própria. Essa mecânica permite que se crie, por exemplo, os itens das últimas fases logo no início da aventura, caso o jogador saiba a receita de cabeça.

Combates de tirar o fôlego

Definitivamente o maior brilho de Unsighted está em sua apresentação: visual em pixel art com alto nível de detalhamento, ambientação imersiva e convincente, aliada de uma trilha sonora hipnotizante. Além de todos estes pontos de destaque, o sistema de combate elegante brilha com elementos de Dark Souls aprimorados para uma aventura mais dinâmica.

Há uma vasta quantidade de estratégias para usar no combate, desde o clássico “bate e rola”, parry, furtividade, até mesmo empurrar seus adversários para o abismo. No entanto, apesar de haver bastante opções, pouco é de fato aproveitado. A maioria dos inimigos são simples ou quando não, no caso dos chefes, acontece um exagero de inimigos menores na mesma batalha. O que foi planejado para aumentar o desafio contra um chefe, acaba se tornando um atraso chato e tira o charme que o combate poderia ter se fosse um contra um.

As masmorras são outro ponto alto. Elas possuem muita identidade e um level design de respeito, encantador e sólido. O visual e trilha sonora não decepcionam em nenhum momento. A dedicação e o cuidado com os detalhes são notáveis em cada sala dos estágios e os quebra-cabeças são criativos.

A influência de Super Metroid é gritante tanto na ambientação das masmorras, quanto no mapa como um todo. Aliás, um fato interessante é que todas as áreas são conectadas entre si, mesmo as masmorras principais. Isso dá um ar curioso de como seria a fusão de um mundo de The Legend of Zelda, mas com a estrutura de um Metroidvania. Certamente essa peculiaridade dá um ar bem único ao game e seria muito bem vinda nos demais títulos do gênero.

Emaranhado de ideias

As diversas inspirações podem confundir alguns jogadores logo no início da trama, principalmente se você espera que o jogo atenda a um gênero específico e comece a perceber que está indo para outra direção. No geral, a experiência ainda é acima da média, com apenas algumas ressalvas pontuais, como o excesso de adversários que forçam uma dificuldade desnecessária, além da profundidade narrativa não ser tão bem explorada.

Alma, a protagonista, vive um certo romance com outra personagem da história. Entretanto esse relacionamento é pouco desenvolvido, o que é uma pena, pois além de serem duas lindas personagens, a relação entre elas poderia se tornar um ícone. Infelizmente a maioria dos diálogos entre as duas são rasos e genéricos, passando a impressão que elas estão ali apenas porque a aventura precisa de um background narrativo.

Certamente Unsighted é um dos melhores jogos deste ano, tanto pela sua apresentação visual quanto pelas suas mecânicas refinadas. Entretanto, um gostinho de potencial desperdiçado pode ser sentido ao se deparar com a quantidade de elementos disponíveis em sua jogabilidade que foram subutilizados, além de uma narrativa que não se desenvolve como poderia. Ainda assim o título é uma grande aventura que merece por demais receber uma sequência.

Prós:

  • Visual em pixel art;
  • Design de masmorras excelente;
  • Ambientação convincente;
  • Proposta original criativa e ousada;
  • Opções de dificuldade que aumentam a acessibilidade.

Contras:

  • Limite de tempo pode frustrar;
  • Exagero de inimigos ao mesmo tempo força um desafio desnecessário;
  • Personagens com pouca profundidade.

Nota Final:

8,5

  • Sobre
  • Últimos Posts
Patrick Pinheiro
Twitter
Patrick Pinheiro
Gosta de falar sobre videojogos, é fã de Zelda e está constantemente correndo para zerar o seu backlog. Cria conteúdo sobre games para a internet e escreve para o NintendoBoy desde 2021
Patrick Pinheiro
Twitter
Últimos posts por Patrick Pinheiro (exibir todos)
  • The Legend of Zelda: Breath of the Wild — Uma obra-prima que envelheceu igual vinho - 17/06/2025
  • Review | The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom - 03/10/2024
  • Review | The Plucky Squire (O Escudeiro Valente) - 22/09/2024

Continue Reading

Previous: Conselho de classificação na Coréia do Sul lista “Grand Theft Auto: The Trilogy — The Definitive Edition” e intensifica rumores do pacote chegando ao Switch
Next: Monster Hunter Rise | Torne-se o lendário herói, Arthur, em novo collab com Ghost ‘n Goblins; Colaboração com Sonic chega em breve

Relacionado

Review | Shikhondo: Youkai Rampage
  • Review

Review | Shikhondo: Youkai Rampage

01/07/2025
Review | RAIDOU Remastered: The Mystery of the Soulless Army
  • Review

Review | RAIDOU Remastered: The Mystery of the Soulless Army

30/06/2025
Review | NOBUNAGA’S AMBITION: Awakening Complete Edition
  • Review

Review | NOBUNAGA’S AMBITION: Awakening Complete Edition

29/06/2025
  • Twitter
  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube
  • Spotify
Copyright © All rights reserved. | DarkNews by AF themes.