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10 anos de Wii U: conheça a história do videogame mais injustiçado da Nintendo

Relembre o inicio e o fim do console de mesa menos vendido da Nintendo e conheça o seu legado.
Patrick Pinheiro 18/11/2022

Tenho a impressão que não faz tanto tempo que eu assisti ao vivo a E3 2011, ansioso para saber mais sobre o novíssimo e aguardado The Legend of Zelda: Skyward Sword, que em breve seria lançado para o saudoso Wii. Além do jogo, havia um rumor que a Nintendo planejava mostrar o console da próxima geração da empresa. Apelidado de “Project Café”, o novo hardware teria um controle com uma tela sensível ao toque e prometia inovar ainda mais a forma de se jogar videogame.

Em tempos de Kinect e PS Move tirando o brilho dos controles de movimento Wii Remotes, a Nintendo parecia estar perdendo espaço no mercado, logo, era esperado que a companhia se movimentasse para apresentar ao mundo mais uma grande ideia para não ficar pra trás. Então, em junho de 2011, naquela E3, apresentaram finalmente o Wii U e seu controle que parecia um tablet, o Wii U Gamepad. O novo videogame seria lançado no ano seguinte e prometia trazer de volta o apoio das desenvolvedoras third party, além de contar com poderio gráfico equivalente aos consoles daquela época.

É incrível como o tempo voa! Hoje, 18 de novembro, completa-se 10 anos desde o dia do lançamento do Wii U, o console de mesa menos vendido da Nintendo e eventualmente citado como o mais injustiçado também. Vamos relembrar os melhores momentos deste videogame, bem como os melhores jogos, funcionalidades e o legado que este deixou para a indústria dos jogos.

Grandes promessas, grandes responsabilidades

Apesar de ser um dos produtos de maior sucesso da Nintendo, em 2012 o Wii já estava sem fôlego, quase não recebendo jogos relevantes e perdendo muito espaço para outros consoles daquela época (PS3 e Xbox 360). Os fãs da Nintendo já não aguentavam mais ver tantos títulos de peso não chegando em sua plataforma preferida. O Wii U chegou ao mercado com a promessa de trazer todos esses jogos de volta e inicialmente até que trouxe muita coisa interessante, em seu lineup de lançamento já contava com 23 títulos, entre eles: Call of Duty: Black Ops II, Assassin’s Creed III e ZombiU, além dos first party New Super Mario Bros. U e Nintendo Land.

Junto a isso, o grande poder do Wii U GamePad carregava grandes responsabilidades para o futuro do console. Além dos botões clássicos que estão em qualquer controle tradicional, o acessório contava com uma tela de 6 polegadas, giroscópio, acelerômetro, leitor NFC, sensor infravermelho, um microfone e uma câmera para videochamadas. A Nintendo parecia convencida que tanta tecnologia assim resultaria em muitas possibilidades de game design, como por exemplo, jogos de gameplay assimétrico, que exibiam uma imagem na TV e outra no controle, oferecendo uma interatividade maior para o jogador. O futuro parecia promissor.

Além de hardware, o Wii U trouxe novidades interessantes como aplicativos multimídia em uma época em que poucas pessoas tinham uma Smart TV em casa, oferecendo a possibilidade de assistir YouTube, Netflix e outros serviços de streaming diretamente da televisão da sala, em alta resolução, sem a necessidade de um PC. Havia também um aplicativo de videoconferências, as chamadas usavam a câmera e o microfone do Wii U GamePad.

O console também inaugurou a rede online Nintendo Network, além de contar com uma rede social gerenciada pela companhia japonesa aos moldes do Facebook, o Miiverse. A rede permitia que os jogadores interagissem uns com os outros dentro dos jogos, compartilhassem momentos de sua jogatina e tirassem dúvidas quando ficassem empacados em alguma fase difícil.

Acontece que essa alegria não durou muito tempo, já que em poucos meses após o lançamento do console as vendas do mesmo despencaram drasticamente. Em parte devido aos estoques iniciais terem sofrido de escassez, além do marketing confuso que a Nintendo promoveu em torno do aparelho. Muitos consumidores acreditavam que o Wii U GamePad era um acessório para o Wii, a escolha do nome para o videogame ajudou a piorar essa ideia. Enquanto isso, as desenvolvedoras sofriam para portar seus jogos para o console, devido a sua arquitetura complicada, além de não ser tão poderoso quanto se imaginava.

Junto a isso, a própria Nintendo demorou muito para lançar jogos para a plataforma. Depois de seu lançamento em novembro de 2012, o Wii U passou 6 longos meses sem receber nenhum first party, tendo este jejum quebrado em junho de 2013 com Game & Wario, uma fraca coletânea de mini games que estava longe de atender as expectativas dos donos do console.

A situação da Nintendo ficou ainda mais complicada após a E3 2013, pois naquele ano os consoles da nova geração (PS4 e Xbox One) já estavam anunciados e o interesse do público estava completamente voltado para as novas máquinas. Mesmo que o segundo semestre daquele ano tenha sido muito bom, com a Nintendo lançando títulos de alto nível como Pikmin 3, Zelda: The Wind Waker HD e Super Mario 3D World, já era tarde demais. Àquela altura o destino do Wii U já estava traçado e qualquer esforço que a Nintendo fizesse não seria capaz de reverter o fracasso comercial do aparelho.

Quem não tem cão caça com gato

Mesmo que o Wii U fosse um fracasso comercial desde o seu início devido ao seu hardware defasado em relação aos consoles concorrentes, a Nintendo teve que se virar como pode para vender o seu videogame e manter sua base de clientes. Foi nesse período complicado que a empresa decidiu fazer o que faz de melhor, jogos de qualidade e investir em ideias criativas — vamos combinar que algumas nem tanto, mas o que valeu foi a intenção, Animal Crossing: amiibo Festival que o diga!

Um videogame não é nada sem bons jogos e a Nintendo sabe disso melhor do que ninguém, por isso não economizou para desenvolver exclusivos com a qualidade mais alta possível, sendo alguns deles líderes de vendas até os dias de hoje. Alguns jogos desenvolvidos naquela época são tão excelentes que conseguiram brilhar ainda mais anos mais tarde quando foram relançados para o Switch.

Confira à seguir, uma pequena seleção com os melhores e mais marcantes títulos do Wii U:

Mario Kart 8

O primeiro blockbuster do console, Mario Kart 8 foi o responsável por alavancar as vendas do aparelho durante 2014. Esta versão do jogo de corrida da Nintendo trouxe pela primeira vez gráficos em alta definição, ostentando cenários lindíssimos, além de inaugurar mecânicas inéditas para a série, como pistas com anti gravidade, possibilitando que os karts corram pelas paredes e telhados. Outra novidade importante foi o robusto multiplayer que a Nintendo disponibilizou sem nenhum custo para os donos do Wii U.

Este combo resultou em um dos melhores e mais divertidos multiplayers que existem nos videogames. É praticamente um consenso afirmar que Mario Kart 8 é o melhor título da franquia, pelo menos é o que podemos concluir analisando o número de vendas do jogo, que é o mais vendido do Wii U e, sua versão remasterizada, Mario Kart 8 Deluxe, até os dias de hoje está entre os líderes dos rankings de vendas e ainda é o título mais vendido do Nintendo Switch.

Bayonetta 2

Uma das maiores promessas do Wii U era trazer de volta a parcela de jogadores hardcore para o mundo nintendista. Para isso, a empresa teve que investir pesado em parcerias com estúdios third party e Bayonetta 2 foi um dos frutos desses investimentos. A sequência do aclamado Hack’n’slash da Platinum só pode ver a luz do dia graças à parceria da Nintendo com a SEGA.

Sendo um dos principais lançamentos de 2014, a nova aventura da bruxa mais carismática dos games trouxe muita ação e momentos engraçados para os fãs da franquia, além de ter usado todo o poder gráfico do console. Mesmo hoje, quase 10 anos depois de seu lançamento, Bayonetta 2 ainda é considerado por muitos o melhor da série.

Splatoon

Quem dizia que a Nintendo não sabia mais criar novas franquias quebrou a cara quando Splatoon foi lançado em 2015. A resposta da companhia japonesa para a era dos massivos e cinzentos shooters online foi com muitas cores e criatividade de game design. Apesar de sua apresentação ser bem diferente pra cara da Nintendo, a nova série caiu rápido nas graças do povo e hoje já conta com três títulos lançados, sendo o terceiro (Splatoon 3) o jogo que vendeu mais rápido na primeira semana da história do Japão.

Diferente dos shooters tradicionais, em Splatoon o objetivo não é eliminar os adversários, mas sim pintar a maior parte do cenário antes do fim da partida. Para isso, é necessário muita colaboração e estratégia entre os jogadores. Essa cultura colaborativa foi terreno fértil para o surgimento dos primeiros times e eventos competitivos, que hoje já fazem parte do cenário de jogos competitivos na comunidade de games.

Super Mario Maker

A telinha do Wii U GamePad oferecia muitas possibilidades para variar o gameplay, mas poucos jogos aproveitaram este recurso tão bem quanto Super Mario Maker, já que era literalmente nela que os jogadores podiam criar fases do Mario como bem quisessem. Na ocasião de seu lançamento, o título era uma celebração aos 30 anos do bigodudo e talvez nem a própria Nintendo acreditava que o game se tornaria uma febre.

Super Mario Maker foi lançado em 2015 e marcou um dos poucos momentos de brilho da vida do Wii U. O jogo se tornou tendência no YouTube por muito tempo e ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias vendidas em menos de duas semanas — feito raro para a biblioteca de jogos do console.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Chamado de Zelda U desde o primeiro dia da vida do console, o jogo foi mostrado pela primeira vez na E3 2014, em um trailer que mostrava Link em um vasto mundo aberto, coisa que até então era inédito na série. O título foi anunciado com data de lançamento para 2015, deixando vários jogadores alucinados, que mal podiam esperar para porem as suas mãos naquela obra prima.

Acontece que acompanhar o desenvolvimento de BOTW foi quase tão dramático quanto a vida do Wii U, já que o game passou por diversos adiamentos e sem notícias por parte da Nintendo, deixando os donos do console órfãos por muitos meses. Alguns dias antes da E3 2016, a empresa publicou no Twitter que Zelda U seria adiado para 2017 e seria lançado junto com a sua nova plataforma, o Nintendo NX.

Apesar de todo o drama, essa novela terminou muito melhor do que o esperado. The Legend of Zelda: Breath of the Wild hoje é amplamente reconhecido como um dos jogos de mundo aberto mais influentes de todos os tempos, que definiu muitas tendências de game design e explodiu em popularidade, sendo o jogo mais vendido da série.

Deixou muitas saudades, mas também um legado

Hoje todos já conhecem o fato que o Wii U foi um fracasso comercial, até mesmo a Nintendo parece fingir que o console nunca existiu. Porém, o que nem todos sabem é que os poucos donos desse videogame o amavam e por muito tempo acreditaram em uma reviravolta durante o seu ciclo de vida.

Todos os tropeços do Wii U pavimentaram o caminho para o seu fim prematuro, mas é inegável que esses erros foram importantes para que a Nintendo tivesse uma epifania até chegar ao que temos hoje no Switch. Além disso, os pontos fortes dessa plataforma ficarão para sempre marcados na história da Nintendo, desde os amiibo até a sua incrível biblioteca de jogos, que já está quase que totalmente portada para o Switch.

Mesmo que o híbrido hoje seja um sucesso de vendas e talvez o produto de maior êxito da história da empresa, as coisas que ficaram apenas no Wii U deixaram saudades, como a rede social Miiverse, por exemplo, que era um lugar onde os desenvolvedores conversavam diretamente com a comunidade. Sem falar da interface de seu sistema, que contava com uma música própria para cada aplicativo.

A fabricação do Nintendo Wii U foi encerrada em março de 2017 e vendeu pouco mais de 13.56 milhões de unidades em todo o mundo. O console é considerado por muitos o patinho feio na história da Big N e talvez isso nunca mude, mas ignorar o seu legado é ignorar uma parte importante da história da empresa e da oitava geração de videogames.

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Gosta de falar sobre videojogos, é fã de Zelda e está constantemente correndo para zerar o seu backlog. Cria conteúdo sobre games para a internet e escreve para o NintendoBoy desde 2021
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