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Review | Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk

Marcos Vinícius 11/02/2023

Desenvolvedora: Nippon Ichi Software
Publicadora: NIS America
Data de lançamento: 18 de setembro, 2018
Preço: $49.99
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com cópia adquirida pelo redator.

Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk é um RPG desenvolvido pela Nippon Ichi Software e lançado originalmente em 2016 no PS Vita. O título incarna o estilo clássico de RPG Dungeon Crawler, um subgênero de RPG bastante restrito, onde exploramos ambientes labirínticos na perspectiva em primeira pessoa, similar a jogos como Etrian Odyssey e Shin Megami Tensei: Strange journey.

Para veteranos no gênero, Labyrinth of Refrain é bastante familiar no que diz respeito a sua fórmula. Contudo, ele se destaca por apresentar uma gameplay aprofundada, seja trazendo sub-elementos durante a batalha e a exploração, ou na forma como você personaliza sua party. Muitos desses elementos, no entanto, são herdados de jogos passados da NIS — mas como eu disse em minha análise de ZHP: Unlosing Ranger VS Darkdeath Evilman, a reciclagem geralmente é bem executada, uma vez que o estúdio normalmente aprimora seus conceitos para torná-los mais orgânicos no contexto do jogo, ou apenas os reimaginam.

Meu currículo para RPGs Dungeon Crawler infelizmente não é extenso, porém, seguramente posso dizer que Labyrinth of Refrain é uma experiência desafiadora mesmo em sua dificuldade padrão. Como supracitado, ele brilha ao oferecer uma jogabilidade arrojada com vários sistemas em vigor, com uma história no mínimo instigante, trazendo aspectos maduros e uma pitada de humor. Portanto, fique comigo neste texto para aprender mais sobre Labyrinth of Refrain e como foi a minha experiência.

A bruxa perversa e o labirinto misterioso

Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk nos apresenta a bruxa Dronya e sua jovem aprendiz Luca, que chegam à cidade de Refrain para explorar um misterioso labirinto subterrâneo conectado a um poço na praça da cidade. Uma lenda nos diz que muitas pessoas morreram tentando explorá-lo em busca de tesouros e segredos, porém apenas um único explorador chegou aos limites do labirinto, tendo registrado sua jornada em um livro chamado Tractatum de Monstrum.

Apelidado de Tractie, o Tractatum de Monstrum – agora sob posse de Dronya – é a chave para que a expedição da bruxa seja bem-sucedida, e você, uma alma silenciosa que reside dentro do livro, irá liderar uma tropa de fantoches criados por Dronya enquanto explora as camadas do labirinto, uma vez que o forte miasma que permeia o solo impede que humanos normais andem por lá.

Entretanto, o enredo de Labyrinth of Refrain de forma alguma serve como pretexto para apenas jogá-lo em um ambiente hostil para desbravar. Sua narrativa é entregue de forma bastante dosada, por meio de segmentos de visual novel, com escolhas em momentos pontuais que, pasmem, pouco impactam na narrativa, enquanto alterna entre os acontecimentos na superfície e por debaixo do poço.

Em Refrain, somos apresentados a um lugar de atmosfera misteriosa, junto a acontecimentos sem grandes esclarecimentos, ficando a cargo das interações de Dronya e Luca para com os habitantes da cidade para que os eventos por lá possam tomar forma. O elenco se destaca com personagens bem roteirizados para que sejam relevantes de alguma forma dentro da estória, além de serem caricatos, isto graças ao design de personagem de estilo único de Takehito Harada (artista da série Disgaea), deixando-os cheios de vida e memoráveis.

A trama na superfície também trabalha a relação entre Dronya e Luca. De início, é fácil não ter empatia alguma pela bruxa, que evoca uma personalidade detestável combinando orgulho, arrogância e prepotência, além de sua aversão por crianças, transparecendo sua intolerância à ingenuidade de Luca.

Entretanto, Luca age de forma contrastante à sua superior, mostrando-se uma criança inocente, entusiasmada e prestativa, com ênfase em “prestativa”, pois Dronya torna-se quase que totalmente dependente dela. Momentos mais intimistas em meados do jogo mostram uma relação aprofundada entre as duas, e o jogo trabalha bem isso para que o jogador passe a ter uma melhor percepção de Dronya eventualmente.

Já no labirinto, aprendemos que o poço funciona como uma espécie de portal interdimensional, levando Tractie e sua tropa a mundos surrealistas, cada um com sua própria lore e uma narrativa desconcertante, destacando linhas de diálogos e insinuações quase sem nenhum tom humorístico, assim como traz momentos mais brutais. A construção de mundo e o misticismo em volta de Labyrinth of Refrain colabora para uma história instigante e repleta de segredos. Contudo, o jogo parece ter dificuldades de lidar com seu próprio ritmo e desenvolvimento; eu explico:

Durante a exploração, eventualmente você será aconselhado a retornar à base e fornecer um relatório de sua aventura por meio do Witch Report. É aqui que você será novamente conduzindo à narrativa principal do jogo. Entretanto, uma vez que você espera que enredos não concluídos sejam resolvidos enquanto se entrelaçam aos atuais, muito provavelmente você será jogado a mais um twist que deixará as coisas ainda mais fragmentadas.

Além disso, o enredo de Labyrinth of Refrain não é muito objetivo no início. Muita coisa acontece e é deixada para resolver mais tarde. Mistérios pairam no ar sem desenvolvimento por muitas horas de jogatina, mas que só a partir da metade da campanha você realmente vê uma fagulha de luz do que realmente Dronya procura no labirinto. Em contrapartida, os mundos do labirinto podem ser mais cadenciados, porém são mais fáceis de entender a lore por trás de cada um deles, uma vez que existem pontos de exclamação no mapa que expõem os acontecimento de forma dosada e linear.

No geral, Labyrinth of Refrain ainda pode ser um deleite para quem dá valor a uma narrativa minimamente bem estruturada. O jogo parece ser bastante inspirado na Europa dos séculos 15 ao 18, onde ocorreu o movimento de caça às bruxas, e ele entrega suas referências sutilmente.

Particularmente me senti bastante envolvido com a trama apesar das ressalvas, mas creio que alguns elementos inconvenientes de roteiro possam trazer desconforto a alguns jogadores, como por exemplo quando temas sensíveis são abordados descuidadosamente, ou quando momentos picantes mais parecem desrespeitosas do que consensual.

Explorando minuciosamente

Dronya envia Tractie junto de sua tropa de fantoches para conquistar o labirinto. Os fantoches criam vida ao serem expostos à grande quantidade de mana encontrada lá, e a partir daí o grupo deve vasculhar até os confins de cada labirinto, repleto de armadilhas e monstros à espreita.

Labyrinth of Refrain herda o estilo tradicional de um Dungeon RPG em primeira pessoa enquanto enriquece a experiência com sub-elementos de jogabilidade durante a aventura, além de um nível de dificuldade acentuado que certamente despertará sentimentos àqueles que curtem um bom desafio. A jornada no entanto é limitada no começo, para que jogadores menos familiarizados sejam introduzidos ao gênero e aprendam os princípios básicos.

Você terá que mapear cada canto entrando em câmaras, subindo e descendo andares, destruindo paredes para pegar um atalho, tomando cuidado com armadilhas como buracos e locais com miasma, isto enquanto luta contra monstros e criaturas excêntricas em batalhas baseadas em turnos. A natureza do gênero demanda que o jogador seja astuto e cauteloso, uma vez que o descuido durante a exploração (e nas batalhas) o levará a derrota de seus aliados.

Eventualmente, o jogador será apresentado a facilities que aprimoram a expedição a longo prazo, como por exemplo: você tem o Witch Petition, uma mecânica parecida com o Dark Assembly de Disgaea onde você habilita novos recursos através de ganho de votos, porém aqui você troca mana acumulada pelos novos recursos e aprimoramentos. Dar andamento com a história do jogo também libera novas features cedidas por Dronya, como o Alchemy Pot, onde você pode aprimorar seus equipamentos, entre outras funções de exploração que Tractie pode aprender.

O uso das funções pré-expedição é um ritual fundamental para sobreviver aos perigos do subterrâneo. No entanto, no que diz respeito a própria exploração, ela parece carecer de variedade de desafios que poderiam dar mais sustância. Quebra-cabeças se limitam mais a você encontrar botões para abrir uma passagem distante, enquanto as armadilhas são ínfimas. Sobrando apenas a tensão que o gênero proporciona ao jogador, o conceito de mundo interessante e variado, além do criativo elenco de criaturas encontras no labirinto.

Batalhas em turnos cheias de profundidade

A parte da batalha no entanto, talvez seja onde Labyrinth of Refrain realmente brilha. Eu joguei bastante JRPGs, principalmente jogos com combate baseado em turnos. É muito prazeroso quando um jogo moderno, que utiliza de sistemas rudimentares, consegue ir além da ideia básica oferecendo mecânicas criativas que deixam o combate menos automático e chato. Labyrinth of Refrain neste caso oferece um combate tradicional, porém repleto de sub-elementos que dão um dinamismo maior.

Ao começar pelos soldados fantoches de Dronya, eles também desempenham um papel importante para além da exploração do labirinto. Por meio do Witch Brigade, você pode levar até cinco slots chamados de “Pact” para a batalha e montar um grupo de fantoches. Cada Pact concede efeitos de stats e habilidades Donum diferentes, o qual você pode extrair melhor o potencial da classe do fantoche quando alocado corretamente.

Durante o combate, você poderá realizar diversas ações para cada aliado em um Pact: Você pode atacar normalmente ou se defender por meio do Fortify Coven, usar Donum (que são skills que gastam DP (Donum Points)); mudar a formação de batalha; gastar pontos de Reinforcement para ter acesso ao seu inventário ou aumentar os stats ofensivos e defensivos.

O jogo oferece um leque de ações que torna a experiência mais estratégica, embora você só é de fato pressionado a explorá-las em situações críticas, como em hordas de monstros de alto nível, subchefes e os chefes. Vale ficar de aviso pois mesmo o melhor preparo pode ser completamente derrubado devido a fatores que mais parecem quebrados e inconvenientes para o jogador.

Labyrinth of Refrain introduz o “Gore Hit”, uma variante do dano crítico, porém bem mais letal se ele é usado contra você. Assim como o dano crítico, o jogador possui uma pequena chance de causar um Gore Hit no oponente, ignorando seus aumentos de stats e causando um dano massivo.

Mas quando usado contra seus aliados, o Gore Hit pode também arrancar fora uma parte do corpo de um de seus fantoches, resultando na perda permanente de stats e no HP. Se a cabeça for arrancada, o fantoche “morre” e não pode ser usado até que você recue para fazer os reparos.

O Gore Hit tenta parecer balanceado para ambas as partes, mas ele abre precedentes para situações desastrosas quando a sua party é sucessivamente alvo dos grandes danos, muitas vezes me fazendo pensar como uma mecânica injusta que sobressai o viés estratégico proporcionado pela ampla gama de funções dentro da batalha. Causar Gore Hits de fato pode mudar o rumo de uma batalha, mas o que acontece é que ele ocorre quase que todo o tempo – mais para os inimigos do que quando você precisa, e na maioria das vezes você vai perder um membro do corpo ou a cabeça de vez. Para mim isso soa como uma dificuldade artificial, já que a probabilidade do Gore Hit ocorrer aparentemente não é baixa.

No geral, o combate de Labyrinth of Refrain é profundo e com sub-elementos interessantes de aplicar. Por ter muitas camadas, ele pode ser intimidador e não explorá-lo corretamente resultará a uma performance desastrosa em momentos intensos. Ele é desafiador em qualquer dificuldade, mas, aconselho apostar em uma run ainda mais difícil se já tiver concluído o jogo antes.

Um DRPG peculiar e desafiador

Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk é uma experiência sólida e atraente. Ele oferece mecânicas distintas e dificuldade no ponto, tornando-o um título certo de recomendação para as ratazanas de labirintos. Ele usufrui de diversas funções já apresentadas nos jogos de RPG Tático da NIS, porém adaptando-as para o formato de um DRPG, isto sem deixar de introduzir suas próprias features.

No entanto, ele é um jogo que claramente precisa ser polido, tanto no quesito jogabilidade quanto na parte narrativa, esta última que, na minha opinião, me desagradou um pouco devido ao ritmo de desenvolvimento e abordagens desnecessárias. Contudo, Labyrinth of Refrain ainda é bem sucedido em outros campos, onde deixa evidente a criatividade da NIS em como ela tenta subverter certos conceitos em um gênero de jogo ou adicionar mecânicas únicas, mesmo que estas ainda tenham espaço para aprimoramentos. Se curte um bom RPG, mas principalmente se curte RPGs Dungeon Crawler, Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk ainda vai te satisfazer.

Prós

  • Visual caricato com elenco de personagem atraentes;
  • Ampla gama de mecânicas para explorar e rica customização de personagens;
  • Labirintos com sua própria lore e temas;
  • Combate desafiador e repleto de mecânicas intuitivas.

Contras:

  • Estrutura narrativa com problemas de ritmo e bastante fragmentado;
  • Gore Hit é inconveniente e quebra o fator estratégico do jogo;
  • Trilha sonora pouco memorável e repetitiva;
  • Level design dos labirintos pouco criativos.

Nota Final:

7,5

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