Desenvolvedora: TECOPARK
Publicadora: TECOPARK
Gênero: Puzzle, Co-op
Data de lançamento: 27 de agosto, 2024
Preço: R$ 21,95
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela TECOPARK.
Revisão: Davi Sousa, Marcos Vinícius
PICO PARK 2 foi um dos destaques da Indie World Showcase de agosto, sendo ele uma inesperada sequência do notável indie de puzzle-platformer cooperativo de 2016. Como eu curto jogos no estilo Overcooked!, que, pasmem, são de cooperação que causam caos e brigas, já criei interesse imediato nele. Mas você, caro leitor, deve estar se perguntando: como de fato funciona PICO PARK?
Resumidamente, como falei anteriormente, PICO PARK é um jogo cooperativo, só que nesta entrada podendo jogar de 2 a 8 jogadores resolvendo puzzles através de uma mecânicas muito simples de andar e pular. Em algumas fases, existem comandos diferentes, como atirar ou bater usando o botão “X”, mas cada mundo tem uma temática que pode trazer uma gameplay distinta, como um jogo de plataforma ou um jogo de navinha.
Eu não joguei o título original, portanto, inicialmente eu imaginei que PICO PARK seria um jogo curtinho com poucos minigames. Mas quando comecei a jogar e vi que tinha 15 mundos, cada um com 4 fases, o que dá um total de 60 fases; e mais dois outros modos, Battle e Endless, fiquei surpreso com a quantidade de conteúdo, que não é limitado pela quantidade de jogadores. Se você estiver jogando com mais uma pessoa ou 7, todos os puzzles continuam acessíveis, sendo adaptados para caber mais jogadores.
Indo ao parque com poucos amigos
Para falar da minha experiência com PICO PARK 2, irei começar com algo mais negativo, que é só ter a opção de jogar com dois jogadores no mínimo. Sei que é algo estranho, já que é a proposta dele, mas caso você seja igual a mim, sem familiares que jogam videogame ou sem amigos que moram próximo, jogar online com aleatórios se torna uma tarefa de paciência.
Não digo isso por causa da conexão ruim com a internet ou falta de comunicação, e sim pelo tempo de espera no Lobby para achar alguém. Em uma das vezes, eu deixei o jogo aberto enquanto assisti a um vídeo de cerca de 40 minutos, e não apareceu outro jogador. O website de PICO PARK 2 diz que ele tem cross-play entre Switch, PC e Xbox, e mesmo assim achar alguém é demorado.
Caso você tenha amigos ou familiares para jogar, ou tenha sorte de achar alguém online, poderá se divertir por horas. Começarei com os modos que achei mais simples e que joguei menos, como o Battle, que, como o nome diz, é de batalha. Nesse modo, temos oito minigames para disputar quem é o melhor, e quem conseguir juntar três vitórias se torna o vencedor; já o Endless tem sete jogos em que você e seus amigos têm que durar o máximo de tempo possível para conseguir mais pontos. São modos até que divertidos, mas, por ter poucas opções, acabam se tornando enjoativos rápido.
Um parque de diversões caótico
Aqui, falarei do modo onde PICO PARK 2 brilha: o Modo World, que concentra a maior quantidade de jogos. O primeiro mundo é o mais simples e serve para entender qual a proposta e quão caoticamente divertido é PICO PARK. As primeiras fases são fases de plataforma normal, de ir de um ponto a outro com objetivos simples, como subir em uma plataforma que pede uma quantidade mínima de jogadores para se mover ou pegar uma chave para abrir a saída, tudo de forma muito simples e com texto mínimo. Depois de passar do primeiro mundo, é liberado o acesso a todos os outros, que podem ser concluídos em qualquer ordem.
No modo World, cada mudo tem uma temática para as fases: algumas simples, como correr contra o tempo para resolver os puzzles em algum tempo; ou fases em que viramos naves de um shoot’em up de visão lateral e temos que derrotar um chefe. Há temáticas mais loucas, como todo mundo estar preso por uma corda, então não pode se distanciar, levando a momentos muito engraçados, tais como ter alguém pendurado em um penhasco; ou um mundo em que não podemos nos mover livremente porque a luz pisca e só podemos andar com a luz apagada, ou tem um fantasma te perseguindo ao estilo Boo de Super Mario Bros., que se não estiver olhando para ele, ele se mexe. Essa variação de gameplays é o tempero perfeito para a diversão e a bagunça do jogo.
Para conseguir jogar, chamei dois amigos da redação para me acompanhar (obrigado, Lucas e Vinicius Mamadeira), e algo que achei legal é que, mesmo no meio das partidas, mais jogadores podem ingressar se houver espaço e eu deixar a sala livre para o público. Notei que, nas vezes em que um de nós morria ou começávamos uma fase nova, podia aparecer um jogador extra.
Acho que o máximo de jogadores simultâneos que vi foram 4, que se tornou aquela bagunça divertida, mas, ao mesmo tempo, frustrante às vezes, já que não tínhamos uma forma de comunicação. O máximo que conseguimos foram palavras prontas do jogo, apertando o “L” e depois escolhendo uma, mas em fases que precisam de velocidade ou que tem tempo, acaba se tornando impossível de usar por ser muito demorado abrir um menu, procurar a palavra e ir até ela. Teria sido mais fácil ter limitar o acesso a menos pessoas para ser mais rápido.
Um dia de diversão
No geral, PICO PARK 2 é um jogo muito divertido e que me trouxe uma surpresa muito boa em questão de conteúdo por eu achar que seria uma gameplay curta e rasa. Adoraria ter conseguido jogar no caos de oito jogadores, mas até com 3 ou 4 a diversão é garantida.
Prós
- Uma experiência expandido do título original, agora suportando mais jogadores;
- Boa quantidade de puzzles disponíveis;
- Jogo é extremamente divertido
Contras:
- Difícil de encontrar jogadores online, pelo menos até o momento em que está review foi ao ar.
Nota Final:
9
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