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Review | Ys Memoire: The Oath in Felghana

Um jogo da série Ys novo nunca é demais, especialmente um remaster que preserva as visões que já pautaram a franquia. Entre uma narrativa frágil e um combate intenso e desafiador, The Oath in Felghana é um título que, apesar dos pesares, precisa entrar no radar dos fãs desatentos.
Marcos Vinícius 06/01/2025

Desenvolvedora: Nihon Falcom
Publicadora: XSEED Games
Gênero: RPG de ação
Data de lançamento: 07 de janeiro, 2025
Preço: R$ 109,95
Formato: Digital/Físico

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela XSEED Games.

Revisão: Lucas Barreto

Ys é uma das franquias mais tradicionais de RPG, sendo ela também a síntese de uma outra franquia da Nihon Falcom pioneira no gênero de RPG de ação; estou falando, claro, de Dragon Slayer.

Enquanto o estúdio japonês optou por ramificar Dragon Slayer para que outras franquias nascessem, Ys, no entanto, se manteve puro e em constante evolução. Em um determinado momento, a Falcom passaria a adotar um estilo de combate mais rápido e frenético com elementos de bullet hell, que se tornaria um padrão até a chagada de Ys Seven em 2009.

Uma dessas experiências de passado é Ys: The Oath in Felghana, de 2005, um remake de Ys III: Wanderers from Ys, de 1989, que na época já era um título disruptivo por trazer uma perspectiva side-scrolling assim como Zelda II: The Adventure of Link foi para a série quando lançado no NES. No entanto, o remake buscava traduzir a experiência para a visão da Falcom do início dos anos 2000, assim fazendo com que Ys III e The Oath in Felghana se tornassem jogos distintos em vez de um substituir o outro.

Algo cheira mal em Felghana

Diferentemente das entradas modernas, The Oath in Felghana busca mais a emoção e os desafios na exploração de dungeons com seu combate rápido e afiado em vez de gastar tempo com linhas de diálogos a fio em uma narrativa densa com bom desenvolvimento de personagens. Guardem isso.

Dito isso, as aventuras de Adol Christin desta vez o leva para Felghana, a terra natal de seu companheiro Dogi. O objetivo é investigar uma conspiração em torno do senhor feudal Conde McGuire, que cobra impostos abusivos do povo local. Contudo, parece que o nobre também está envolvido com o oculto, a procura de estátuas que guardam o poder de um antigo demônio que uma vez devastou Felghana, mas que foi mantido selado pelo herói Genos.

A narrativa no entanto, tem seu cerne em Dogi e seus amigos de infância, os irmãos Elena e Chester, este último que, uma vez dado como morto, reaparece assumindo uma figura atroz prestando serviços como cavaleiro real de McGuire. Neste contexto, Adol é introduzido à história como um personagem self-insert que age por puro altruísmo atendendo pedidos daqueles que sofrem nas mãos do tirano enquanto busca entender as motivações de Chester e desvenda o conto factual de Genos e o demônio Galbalan em uma estrutura narrativa digamos…. econômica demais, porém com twists de explodir a cabeça como é de praxe na série Ys.

Estou certo em dizer que sua gameplay de combate acelerado e exploração se sobressai ao seu design narrativo, mas não a ponto da narrativa em si ser desinteressante. Mas ambas as vertentes só encontrariam um bom equilíbrio se estivessem entrelaçadas com um bom elenco de personagens, o que não é o caso. O fato do jogo priorizar aspectos mais tradicionais de Ys — a ação e exploração — faz com que ele se perca um pouco em como ele quer apresentar uma parte de seu mundo ao jogador através da interação com os personagens que compõe aquele núcleo.

Sendo franco, eu realmente gostei da história de The Oath in Felghana e de sua conclusão, porém, fora do âmbito do elenco principal, os NPCs de suporte parecem “scriptados” demais, vazios, tampouco fazendo corretamente o papel personagens estereotipados. Suas interações com Adol simplesmente não eram interessantes o suficiente para eu me sentir envolvido com a lore de Felghana. Contudo, posso dizer que gostei como a dupla de deuteragonistas Elena e Chester são introduzidos na história e se desenvolvem.

Em suma, The Oath in Felghana possivelmente não irá te cativar pelo elenco de personagens, pelo menos a maioria deles. Eu entendo que isso é fruto de sua época, de uma outra visão da Falcom para com a série Ys, e que hoje a franquia está bem mais cadenciada em termos de narrativa e gamaplay. No entanto, é importante frisar aos jogadores que querem se aprofundar mais no universo de Ys que nem tudo é como eles veem atualmente. Para mim foi um pouco decepcionante, mas não ofensivo, pois sei que o forte da série nunca esteve na parte narrativa e sim na ação e exploração, que é o que irei comentar a seguir.

Adol não procura por aventura, é a aventura que procura por Adol

Ys como um RPG de ação em essência é uma franquia muito bem estruturada independente do contexto da época em que ele é colocado. Inclusive, é possível dividir a franquia em gerações onde um padrão estético e de mecânicas é estabelecido, trazendo à tona sua evolução.

Ys: The Oath in Felghana se configura numa época onde a Falcom inovou ao combinar a gameplay de ação com o frenesi do bullet hell, enquanto trazia exploração com elementos de metroidvania — em correlação ao backtracking, power-ups e desafios de plataformas —, em cenários estáticos vistos de cima, assim esbanjando um charme retrô inigualável.

Claro, sua idade traz consigo algumas inconveniências de level design, como a dificuldade de distinguir alguns elementos do cenário e a câmera fixa que torna impreciso os golpes aéreos. Pasmem, nada disso tira seu brilho, pois o jogo é excepcional em seu design de dungeon variado e na forma como ele quer oferecer desafios ao jogador através da exploração e no combate intenso contra e hordas de monstros e bosses.

O combate acredito que seja o ponto mais alto mesmo. Mesmo sendo um jogo de 2005, ele era profundo demais para a sua época, colocando à frente de títulos com sistemas mais engessados como Kingdom Hearts II, Rogue Galaxy e o Xanadu Next, da própria Falcom. No entanto, mais do que matar monstros como se estivesse fatiando frutas no Fruit Ninja, os desafios contra os chefes é o que de fato irá testar suas habilidades: cada um oferece uma padronização de golpes que inundam a tela onde você deve decorá-las e assim encontrar uma brecha para desferir seus golpes; em outras palavras, tudo depende do timing e ter bons reflexos.

Não posso dizer pelos outros, mas eu realmente me senti instigado enquanto a fúria pelo fracasso e a sede de não desistir tomava conta de mim. É o tipo de gameplay que te recompensa com a mais pura satisfação do esforço, não sendo um artifício feito propositalmente para você perder como em um jogo arcade safado dos anos 80 e sim algo para superar. Mesmo eu jogando no modo Normal, admito que havia momentos em que o jogo atingia spikes de dificuldade insanos, especialmente nas lutas contra os chefes — sorte a minha que Ys oferece um reajuste de dificuldade após consecutivas perdas.

No geral, ainda é uma experiência recompensadora que vale seu tempo. Acredito que ele figura entre os melhores estilos de combate de sua época, e ainda parece perfeitamente degustavel mesmo nos dias atuais. O jogo, no entanto, dura cerca de 15 horas, mas com alto fator de replayatividade através dos diferentes modos de dificuldade para se desafiar e do modo Time Attack que é desbloqueado após zerar pela primeira vez.

O que há de novo nesta remasterização?

Ys Memoire: The Oath in Felghana é uma remasterização do remake de Ys III que não busca grandes mudanças em prol de preservar uma estética que não veremos mais em um jogo moderno de Ys. Acredito que não seja um “soft remaster”, já que vai além de uma reformulação na UI e o upscaling de resolução. Aqui, a mudança mais significativa — e talvez mais controversa — vai para os novos designs de personagens.

É uma modernização suave e previsível do estilo anime-esque, mas que no fim vai do gosto de cada um; como eu não vivi The Oath in Felghana antes desta remasterização, a caracterização moderna pareceu atraente para mim em vez de genérica, mas entendo aqueles que possuem algum tipo de nostalgia ou não querem que o jogo perca seus traços retrô. Para vocês, basta mudar as ilustrações para o estilo clássico nas opções que todo mundo sai ganhando.

Outra mudança, esta que talvez passará despercebida para quem nunca jogou o original, é o fato de que Adol agora possui algumas linhas de diálogos com vozes, além das event-scenes totalmente dubladas. No caso do protagonista, na maioria das vezes ele sequer completa uma frase falando, apenas afirmando algo para não quebrar a imersão de sua representação no jogo como um personagem self-insert.

Por fim e não menos importante, há três iterações diferentes da trilha sonora, sendo a padrão feita para o remake, e as versões de PC-8801 e X68000 de Ys III, todas remasterizadas em áudio de alta qualidade, pois não dá pra curtir Ys sem sua trilha sonora fenomenal. No caso de The Oath in Felghana, os arranjos de Yukihiro Jindo alterna entre faixas de estilo rock progressivo e power metal; esta última muito parecida com as músicas de rock de Ken Nakagawa, da série Atelier. Vai por mim, a trilha sonora de The Oath in Felghana é puro banger.

Uma joia retrô de alta qualidade

Uma pena que Ys não está no radar do mainstream, é uma série que esbanja qualidade e mesmo títulos mais antigos ainda estão entre as melhores experiências da série, e The Oath in Felghana não é diferente.

The Oath in Felghana é uma joia retrô de altíssima qualidade, e a remasterização chega para intensificar isso. É uma experiência de tirar o fôlego e que irá testar suas habilidades como jogador, mas sem te punir injustamente. Recomendo fortemente se você é fã de jogos de ação no geral, e se for um fã de Ys que veio de Lacrimosa of Dana e posteriores, este certamente é um título imperdível.

Prós

  • Apresentação visual nostálgica que exala um charme retrô;
  • Fator de replayatividade através dos diferentes modos de dificuldade;
  • Exploração e combate combinado a sua trilha sonora incrível que alterna entre power metal e rock progressivo:
  • O jogo por si só é bastante desafiador, mas o destaque vai para os chefes.

Contras:

  • Ocasionais bugs de efeitos sonoros durante a batalha e exploração;
  • Personagens subutilizados;
  • O jogo atinge spikes de dificuldades insanos em determinados momentos.

Nota Final:

8,5

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