
Muitos games deixaram de serem lançado no Nintendo Switch devido a seu baixo poderio gráfico, o que tornou-se uma barreira ao longo do tempo — sem contar os ports que sofrem de estarem borrados de tamanho downgrade gráfico e péssima otimização na plataforma.
Apesar disto, com a chegada do Nintendo Switch 2, muitos games anteriormente impossíveis, agora podem de fato chegar à nova plataforma da Nintendo para que os jogadores aproveitem.
Nós, da redação do NintendoBoy, separamos alguns jogos modernos que gostaríamos que chegassem à plataforma.

Clair Obscur: Expedition 33
por Pablo Camargo
Aproveitando o recente sucesso do titulo, Clair Obscur: Expedition 33 seria um título ideal para o Switch 2. O Nintendo Switch, com sua pegada híbrida, já se demonstrou o console ideal para a jogatina de títulos RPG, podendo continuar sua aventura e grindar levels onde e quando quiser, e nada mais justo que seu sucessor continuar a tradição com o mais recente grande sucesso do gênero.

Clair Obscur: Expedition 33 é um moderno RPG de turnos vindo de um estúdio francês estreante, o Sandfall Interactive, que mal saiu e já deixou seu marco no gênero e na indústria. Aqui, inspirado por títulos como os RPGs do Mario, temos um combate de turnos, porém, com uma pegada mais ativa: além de escolher nossos movimentos, temos que realizar um rápido QTE (Quick Time Event) para maximizar nossos danos, e até mesmo aprender padrões de movimentos dos ataques dos inimigos para desviar ou até aparar ataques, o que as vezes é até essencial para não passarmos sufocos nas batalhas.

E além de um combate super engajante e cheio de customizações, o maior destaque vai para a forte e emocioante narrativa, envolvida de uma das melhores trilhas sonoras dos últimos anos e uma apresentação extremamente moderna e visualmente majestosa, que a primeira iteração do Nintendo Switch certamente passaria por alguns sufocos para poder rodar fielmente. Mas considerando o que já estamos vendo que o Switch 2 vai poder entregar com desempenho agradável com títulos como Cyberpunk 2077, não acredito que um futuro port de Clair Obscur: Expedition 33 seja algo difícil de se considerar.

Soul Hackers 2
por Ivanir
Quando penso em um jogo da geração atual que pulou o Switch e deveria ser lançado no Switch 2, a primeira coisa que me vem à cabeça é o Soul Hackers 2. Foi um caso inclusive muito curioso, já que o primeiro Soul Hackers só foi sair no Ocidente no 3DS… e aí quando fizeram um jogo novo, decidiram pular totalmente as plataformas da Nintendo que tiveram contato com a série mais recentemente do que qualquer outro grupo.

Soul Hackers 2 é um RPG baseado em turnos dentro da grande franquia Shin Megami Tensei da ATLUS. A ideia da obra era tentar focar mais nos elementos futuristas cyberpunk para ter um braço diferente pra franquia em comparação com o Persona (atualidade) e o SMT que acaba apelando mais para o pós-apocalíptico. O jogo em si não parece ter pego um público grande como a Atlus gostaria, mas talvez o Switch 2 pudesse dar uma pequena levantada na popularidade dele.

Dito isso, Soul Hackers 2 traz um sistema de batalha bem curioso e uma reinterpretação muito interessante do que Soul Hackers explora. Como alguém que já tinha jogado o original, fiquei encantado com a riqueza de detalhes e a forma como o jogo dá mais presença aos novos personagens e a elementos da lore que o conectam diretamente com Devil Summoner (ainda não lançado no Ocidente). Gostaria muito de ver esse jogo ter uma nova chance em uma edição completa no Switch 2.

Baldur’s Gate 3
por Kat Oliveira
A primeira vez que vi o controle de mouse do Nintendo Switch 2, me veio a mente logo de cara, como esse tipo de controle pode abrir as portas para jogos que tem uma interface mais voltada para o PC.
Existem uma infinidade de jogos que gostaria de ver rodando no Switch 2 graças a essa feature, jogos como Pathfinder: Kingmaker, Warhammer 4000: Rogue Trader, a série Pillars of Eternity, ou até mesmo o vindouro Solasta 2 se beneficiariam muito de um controle que pode funcionar como mouse, visto que todos esses jogos foram feitos majoritariamente para o público de teclado e mouse com suas interfaces e comandos sempre acabam sofrendo muito ao serem traduzidas para o controle. No entanto, existe um jogo que eu acho que seria interessante de ser portado para a plataforma nova da Nintendo.

Baldur’s Gate 3 é um jogo que eu joguei mais do que já tomei banho na vida (isso não é verdade). Em algum momento ou outro, já conectei o controle no PC só pra ver como era e apesar de funcionar até decentemente, é notável o quão difícil é realizar ações que poderiam facilmente serem executadas no PC com um simples clique em um ícone. Eu não consigo nem começar a imaginar o quão bizarro deve ser administrar uma classe como bardo ou druida que possuem dezenas de magias na hotbar sem se perder na interface da roda de ações do controle.
O que faz Baldur’s Gate 3 especial é o quão fiel ele é aos moldes de antigamente, mas ainda assim, trazendo o toque da Larian Studios com um pouquinho de tudo que eles aprenderam com a série Divinity: Original Sin. Ao contrário dos outros dois jogos da série, BG3 aposta em um combate completamente por turnos ao invés do tradicional tempo real com pause, isso abre portas tanto para adaptar as mecânicas de Dungeons & Dragons mais fielmente quanto para a possibilidade de ser jogado em multiplayer.

Baldur’s Gate 3 é de longe o CRPG tradicional mais relevante dos últimos tempos. A anos esse tipo de jogo não recebia um lançamento grande a ponto de furar a bolha e apresentar o gênero para jogadores que até então só conheciam RPGs ocidentais feitos aos moldes de The Elder Scrolls e The Witcher 3, por exemplo. Vejo um hipotético lançamento do jogo no Switch 2 como uma oportunidade ainda maior de apresentar não somente Baldur’s Gate 3 para um público novo, mas outros ótimos jogos como Planescape: Torment, Tyranny, Icewind Dale, Baldur’s Gate 1 e 2, além dos outros já mencionados anteriormente.

Kingdom Hearts 3
por Luiz Estrella
Será que é pedir demais termos Kingdom Hearts 3 rodando nativamente no Nintendo Switch 2, Square Enix?
Kingdom Hearts é uma franquia que foi desrespeitada na geração do primeiro Switch, mesmo depois de anos as únicas versões que temos dos jogos da série são “cloud”, ou seja, com os games rodando na nuvem. O complicado é que os 2 primeiros jogos são de PlayStation 2, que rodariam facilmente no híbrido da Nintendo. Dito isto, minha esperança é que na nova plataforma da Nintendo as coisas mudem e trazer Kingdom Hearts 3 seria um belo sinal dessa mudança.

O game originalmente foi lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC em 2019, pelo que já vimos do poderio técnico do Switch 2, acredito que ele pode rodar com um ótimo desempenho sem problemas. É a chance de a franquia finalmente brilhar de verdade em uma telinha de portátil. Eu mesmo nunca joguei nada da franquia, apesar de sempre ter tido interesse, esse lançamento poderia ser o empurrão que eu preciso.

Nem preciso falar que, trazendo o terceiro jogo da franquia, eles também podem facilmente trazer a coletânea com os dois primeiros jogos. E aí já prepara o terreno para quem sabe trazer o quarto Kingdom Hearts já no dia de lançamento. Eu ia escrever um texto para pedir o terceiro jogo e pedi foi a franquia inteira, agora é esperar para ver o quão iludido eu estou.

Forza Horizon 5
por Victor Bocato
Apesar de Mario Kart sempre ter suprido muito bem a demanda por jogos de corrida no Nintendo Switch, admito que existe um jogo da plataforma concorrente que eu gostaria que viesse para o Nintendo Switch 2: Forza Horizon 5.
Possuindo uma pegada completamente diferente de Mario Kart, sinto que Forza seria um jogo de corrida muito bem-vindo no híbrido, já que não houve muitos jogos similares deste calibre na plataforma que me chamassem a atenção.

Além disto, é bem possível que Forza saia no Switch 2 devido à Microsoft estar possuindo uma abordagem de ser uma third-party para plataformas que anteriormente seriam consideradas concorrentes, além da quantia de games a Xbox Game Studios que saíram para o primeiro Nintendo Switch. O ponto é que, com pelo menos um pedaço do problema de poderio do Switch sendo resolvido em seu sucessor, acredito que é uma ótima oportunidade para que se lance Forza na plataforma da Nintendo e supra essa demanda por um jogo de corrida mais realista à la AAA a indústria.
Por mais que Forza sempre tenha se destacado muito por sua fidelidade gráfica, a possibilidade de jogá-lo no portátil da Nintendo é um sonho que vira realidade, principalmente levando em conta o quanto gosto mais de jogar no modo portátil do que na dock por si só. Além disto, a fidelidade gráfica na dock pode estar muito boa com o DLSS que vai estar presente na nova plataforma da Nintendo, não sendo um problema mais por si só.

Mesmo que o Nintendo Switch 2 não seja a melhor plataforma no quesito oferecer os visuais que Forza Horizon 5 oferece no Xbox e agora no Playstation, só o fato de poder jogá-lo no modo portátil com aquele ótimo desempenho já é algo sensacional por si só, pelo menos ao levar em conta o motivo pelo qual eu amo tanto o Nintendo Switch como plataforma.
Então sim, mesmo que seja um port quase certo de acontecer com a Microsoft possuindo uma abordagem third-party atualmente, fica aqui na minha lista de desejos o quanto desejo este jogo de fato.

Persona 3 Reload
por Juliana Zapparoli
Quando Persona 3 Reload foi revelado antes da hora, muita gente — eu inclusa — ficou empolgada não só pela repaginada no clássico, mas também por ver o nome Nintendo Switch aparecendo entre as plataformas listadas. Só que, pouco tempo depois, a menção ao console da Nintendo sumiu sem explicação. Para quem jogou os remasters recentes de Persona 3 Portable, Persona 4 Golden e Persona 5 Royal no Switch — meu caso também —, isso foi um balde de água fria.

Mas, com o Switch 2, isso pode mudar. Com um hardware mais poderoso e pronto pra rodar títulos mais exigentes, ele abre a porta pra que P3R finalmente brilhe na tela híbrida da Nintendo, sem cortes, sem compromissos e com toda a performance que o remake merece.

Além de agradar à base de fãs que ficou no vácuo, a Atlus ainda aproveitaria a chance de relançar um sucesso num console novinho em folha. E vamos combinar: se o remake já impressiona nas outras plataformas, imagina jogá-lo deitado no sofá ou no ônibus?

The King of Fighters XV
por Vinícius Madeira
Uma empresa que teve uma presença um tanto “interessante” no primeiro Nintendo Switch, na minha opinião, foi a SNK. Seja com alguns jogos inéditos como SNK Heroines: Tag Team Frenzy, jogos de arcade relançados de suas várias franquias ou até remasters como o de The King of Fighters XIII, é inegável que a mesma sempre deu suporte quando podia.

E é com esse suporte que eu gostaria de ver um jogo recente deles enfim chegando no sucessor do Switch, ironicamente não é o mais recente deles (embora este também seja um que eu gostaria de ver eventualmente chegar no console), mas sim a última iteração de KoF, The King of Fighters XV. O jogo saiu oficialmente em 2022 e já teve o suporte com DLCs devidamente encerrado, o que tornaria o lançamento de uma “Ultimate Edition” mais prático do que nunca.

The King of Fighters XV foi recebido de forma mista por uma parte da base de fãs dos jogos da SNK, mas assim como tem alguns que detestaram o jogo, há aqueles que dizem que este foi o melhor KoF desde o XIII, um jogo que para todos os padrões da SNK foi bem ambicioso, então imagina ter a possibilidade de jogar o XV em uma plataforma como o Switch 2! Agora que o console vai receber Street Fighter 6, é a hora perfeita de expandirmos o repertório de FGCs no console mais recente da Nintendo.
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