
Desenvolvedora: Arc System Works
Publicadora: WayForward
Data de lançamento: 14 Fevereiro 2022
Preço: R$ 80,81
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com chave fornecida gentilmente pela WayForward.
Com o vindouro lançamento de River City Girls 2, sequência do bem recebido beat n’ up parte da série Kunio-kun, a WayForward decidiu aquecer os fãs trazendo um título do SFC que nunca antes deu as caras no ocidente. Distribua socos em delinquentes sem ser preso e conheça mais sobre às origens de Misako e Kyoko em River City Girls Zero!
De volta para o passado

Originalmente lançado pela Technos em 1994 apenas no Japão com o nome de Shin Nekketsu Koha: Kunio-tachi no Banka, River City Girls Zero é um título do gênero beat n’ up das antigas que teve sua época de ouro quando o Famicom reinava absoluto na geração de consoles 8 bits.
A localização do título para ocidente quase três décadas depois não foi por acaso,pois na verdade esse relançamento vem para esquentar os motores para River City Girls 2, que teve seu lançamento marcado para o verão do hemisfério norte, o que aqui representa a época de férias escolares do meio do ano.
Na aventura, temos que auxiliar os protagonistas Riki e Kunio a fugir da prisão e provarem sua inocência por um crime que não cometeram. Você pode estar se perguntando o porquê de River City Girls Zero se vender como um jogo da subsérie “Girls” mas as meninas não são as protagonistas, mas calma que tem uma explicação por trás. Inicialmente eles não são personagens jogáveis, mas conforme a trama for se desenrolando Misako e Kyoko se tornarão personagens jogáveis.
Além disso o jogo não se trata de um mero port para se acomodar em plataformas modernas, mais sim recebendo um “tratamento premium” contando como uma introdução refeita para os padrões atuais, uma nova música tema produzida por Megan McDuffee (compositora de River City Girls (2019)) e uma galeria de images com itens bacanas como a embalagem original da versão japonesa de Shin Nekketsu Koha: Kunio-tachi no Banka, e uma versão em 3D do cartucho original de Super Famicom, a contraparte japonesa do SNES.
Nem tudo envelhece como vinho
Existem jogos nos quais a mecânica é tão polida e refinada no seu ano de criação que permanecem relevantes e prazerosos até os dias atuais. Não falo aqui do quesito originalidade mas sim de um nível alto de esmero que torna algo atemporal, mesmo que o título seja desfrutado pelas gerações que não viveram o contexto da época. Podemos citar como exemplos desse primor jogos como Streets of Rage, Final Fight, Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time e tantos outros, infelizmente River City Girls Zero não é um desses casos.
O hit box e os movimentos são um tanto quanto desengonçados, talvez um pouco culpa de alguns jogos não transacionarem tão bem do 8-bits para os 16-bits, caso do próprio Double Dragon que nunca alcançou o patamar que possuía na época do NES. Um certo atraso na transição entre cenários e bugs que impedem a continuidade da fase também estão presentes. Em um cenário bem no início do jogo o jogador deve derrotar inimigos e subir os andares de um certo prédio, várias vezes a porta que me levaria ao andar superior parecia ter uma barreira invisível que se “autodesbugava” randomicamente.
Se pretende adquirir o River City Girls Zero, tenha em mente que a experiência vale mais pela curiosidade do que pela qualidade do material, não que o jogo seja passável, porém os mais novos podem se frustrar bastante, principalmente os vindos de River City Girls (2019).
A tal da conservação histórica
Essa época entre a transição de gerações está trazendo um movimento muito bacana para as plataformas atuais, sobretudo o Nintendo Switch, que é o resgate de jogos que ficaram restritos ao mercado japonês por qualquer motivo que seja. Pode-se notar esse cenário em muitos dos jogos do estilo shumps que analisamos aqui no NintendoBoy, será que veremos esse cenário também com os beat ‘em ups?
Apesar dos problemas técnicos citados anteriormente River City Girls Zero cumpre bem sua função no que tange o objetivo de ser um gostinho de mais pancadaria na presença das muitíssimo carismáticas Kyoko e Misako. Como os tempos são outros, com um ambiente mais inclusivo para pessoas que se identificam como sendo do sexo feminino, chega a dar gosto que um título “spin off” com garotas empoderadas tenha se tornado o carro chefe da franquia.
No mais, por aqui ficamos no aguardo para que essa série se torne o mais longeva possível e nos proporcione horas de diversão em coop de sofá!
Prós
- Narrativa densa para o gênero;
- Galeria de Imagens;
- Nova Abertura;
- Trilha sonora.
Contras
- Bugs que impedem o avanço do jogo;
- Hitbox.
Nota final
7,5
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