
Desenvolvedora: SUCCESS Corp.
Publicadora: ININ Games
Gênero: rail Shooter 3D
Data de lançamento: 09 de maio, 2024
Preço: R$ 99,99
Formato: Digital
Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela ININ Games.
Revisão: Marcos Vinícius
Em mais um esforço em tornar a franquia Cotton mais conhecida no Ocidente, a ININ Games nos traz um título que não viajou para esse lado do mundo. Sendo exclusivo do saudoso SEGA Dreamcast, estamos falando de Rainbow Cotton.
Novamente em uma aventura sob trilhos, como o já analisado Panorama Cotton, aqui a bruxinha mais carismática dos shmups deve derrotar o demônio Tweed para proteger seus amados doces! Será que os melhoramentos aplicados à versão do Nintendo Switch justificam a nova versão?
Antes de continuar, considere ler nossas últimas análises de Cotton:
A busca por doces em uma nova perspectiva
Há não muito tempo atrás, o salto geracional era algo esperado com muita expectativa pois representava um salto gráfico e de possibilidades muito grande. Inúmeras séries transacionaram do 2D para o 3D, algumas de forma bem sucedida como Super Mario Bros. e The Legend of Zelda e outras nem tanto, como The King of Fighters.

Com o recém chegado Dreamcast em 98 apresentando todo o poder dos 128-bits, a possibilidade de um game na série Cotton fazendo uso de elementos realmente em 3D apareceu e para isso foi pensando, mais uma vez, em utilizar a jogabilidade sob trilhos atreladas ao estilo jogo de novinha, como visto em Panorama Cotton.
Tudo o que faz a franquia ser reconhecida como ela é está lá, o design em anime estilo anos 90, o humor escrachado, fadas que sentem muito calor para usarem roupas tão curtas sempre, muito colorido e inimigos que transacionam entre bobalhões e inusitados. E falando da jogabilidade, ela se mantém inalterada: dano regular com sistema de nível, magias adquiridas por cristais e um golpe “apelão” que deve ser usado com parcimônia.

O objetivo central de Rainbow Cotton é coletar os selos que permitirão Nata de Cotton ter acesso ao castelo da Rainha Velvet, onde o doce lendário descansa. Pelo menos foi essa a história que contaram para a bruxa, pois mal sabe ela que vai passar por poucas e boas por ser uma glutona. Porém, que somos nós para julgar, certo?
O grande diferencial no título fica por conta da jogabilidade on-Rails (sob trilhos) que confere uma outro tipo de desafio para o jogador e aqui, infelizmente, ficam as minhas ressalvas para com o jogo. Em Panorama Cotton, outro título da franquia que compartilha a mesma mecânica, a proporção da personagem em relação ao quadro da tela permitia que o jogador conseguisse ver a trajetória dos projéteis e o comportamento dos inimigos.

Já em Rainbow Cotton, a personagem ocupa uma parte maior da tela, além do efeito parallax não funcionar bem, pois a quantidade de quadros de animação, tanto dos inimigos quanto dos projéteis parece ser pouca, o que não deixa o movimento fluído atrapalhando a percepção. É frustrante levar dano não por que você sente que o jogo é desafiador, mas sim por sentir que o jogo não permite com que você jogue de forma correta.
Mudar nem sempre é bom
Tornar uma franquia relevante nos dias atuais é um desafio enorme. A quantidade de jogos lançados todos os meses faz com que, muitas vezes, bons títulos se percam na enxurrada de jogos que abarcam nas plataformas atuais, independente da sua base instalada.
A ININ Games por outro lado, está fazendo um trabalho muito bacana com a série Cotton no Ocidente. Apesar de gostar de jogos nesse estilo shoot ‘em up ou derivados, eu sequer fazia ideia da existência da série até ter a chance de jogá-la no Nintendo Switch.

É importante para a preservação de jogos que títulos exclusivos de plataformas não tão populares tenham uma nova chance, mas é necessário um cuidado maior se a ideia aqui é fazer com que a franquia ganhe popularidade.
Dito isso, Rainbow Cotton é um jogo visualmente muito agradável. A mecânica de rotas alternativas é interessante e até as mudanças na interface de jogo foram bem-vindas. Inclusive, é possível jogar uma versão retrô que emula o original do SEGA Dreamcast. Contudo o que mais pecou aqui foi o que é essencial em um jogo, a diversão.
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