
Com a E3 se aproximando, já temos toneladas de especulações, até a Nintendo finalmente confirmou como será sua apresentação. Estamos todos muito animados, já até programamos folga no trabalho, ajustar aquela hora do almoço etc. Mas o que fazemos entre uma E3 e outra?
Antes de mais nada, lembro que esse texto reflete minha opinião, e definitivamente não é uma guerra de consoles. Não tratarei nenhum com benevolência, mas indicarei sim títulos para Nintendo Switch, afinal, estamos no NintendoBoy.
Claro que temos outros eventos maiores, como a brasileira BGS, e os grandes nomes como a Game Awards, que sempre trazem boas novidades. Não quero ser hipócrita e dizer que eu não espero jogos AAA sendo anunciados nesses eventos maiores. PARA MIM, é isso sim que vende um console. PS4 se vendeu pelo Horizon Zero Dawn, God of War, TLOU etc. A Microsoft está comprando estúdios para crescer sua biblioteca, e oferecendo o Game Pass, que é algo enorme. A Nintendo mantém, sim, boa parte do público por causa dos seus grandes nomes. Zelda, Mario e Pokémon são e sempre vão ser sucesso de vendas, e podem carregar um console nas costas, o que não é ruim, muito pelo contrário.

Veja, se seu público comprou seu console pra jogar um ou dois jogos, você já conquistou aquela pessoa, mas como fazer para manter esse interesse? Como todo relacionamento, aqui também é uma troca. Em troca do seu dinheiro amor, a companhia vai te dar diversão, entretenimento e facilidades. Quanto mais completo um console for, melhor, então, utilidades são sempre bem vindas.
Eu quero poder deitar na cama, colocar um YouTube, um Funimation, Netflix etc sem precisar sentar num PC, ou ver numa tela pequena como a do celular. Quero poder desligar meu cérebro (isso não é uma ofensa) e jogar coisas simples e divertidas para relaxar (algum Kirby ou Sonic Advance 2), mas também quero a opção de mergulhar em histórias densas (como Fata Morgana), ou coisas mais desafiadoras mesmo (a série Shin Megami Tensei é uma boa pedida). E é nesse ponto que queria chegar.

Tamanho não é documento
O que vai manter o seu público interessado e constantemente atualizado são esses jogos “pequenos”. Uma Visual Novel para mudar um pouco o cardápio, um jogo de plataforma submarino, um hack-and-slash de anime, algo mais simples e confortável, ou mesmo party games como Ultimate Chicken Horse ou Towerfall Ascension. Vocês que acompanham as reviews aqui do site, a maioria das vezes, analisamos Indies, e podem notar que nós gostamos. Eu mesmo sou grande fã de indies, e acho que eles merecem mais destaque sim.
E como criamos esse hype para “jogos menores”? Recentemente tivemos a Indie World, que nos trouxe coisas maravilhosas (sério, eu quero jogar pelo menos 70% dos anúncios), tivemos o Big Festival, mais recente ainda — inclusive foi patrocinado pela Nintendo E pela Xbox Game Pass, o que é algo bem significativo. Esses eventos não parecem grande coisa, mas são sim muito importantes. Muito mais interessante você criar essa expectativa, mostrar pedacinhos de jogos para animar o público, deixá-los querendo um pouquinho mais. Isso traz muito mais resultado do que as devs e publishers só divulgarem o trailer no Youtube esperando que o público alvo veja.

Motivação
“Ah, mas Thomas, porque eu vou comprar o console tal se o jogo é multiplataforma?”
Isso também é parte da magia que faz seu console ser mais atraente. Quais são seus exclusivos? Você tem jogos mais baratos? Você tem melhor qualidade gráfica? O sistema de assinatura/online me oferece que vantagens? Você é portátil? Você tem liberdade de movimento enquanto joga? Preciso de pilhas pro controle? Vou precisar de uma TV 4k pra aproveitar o potencial, eu quero mesmo investir nisso?
Todas essas perguntas e mais um monte pesa na decisão final do consumidor, que pode ou não se limitar ao seu console. Então além de pensar em ele ter a máquina, ele também tem que querer comprar os multiplataformas para ela. Nós público queremos lançamentos constantes, queremos poder jogar coisas antigas que não tivemos chance na época, queremos também inovação — nossa, como somos um público difícil, não?
Esse texto, enfim, não se propõe a ser nada além de uma discussão, um breve olhar, talvez até superficial, de como somos conquistados pelas nossas companhias favoritas de videogames, que garantem, assim como nós tentamos, oferecer uma experiência mais completa possível, afinal, você está no NintendoBoy.